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terça-feira, 29 de abril de 2008

Um dia acontece...


O Dia da Dança celebra-se a 29 de Abril.

O poder curativo e unificador da dança como linguagem universal é sublinhado na mensagem deste ano do Dia Mundial da Dança, que se assinala um pouco por todo o país com espectáculos, debates e outras iniciativas de diversas companhias.

Criado em 1982 por iniciativa do Comité da Dança do Instituto Internacional do Teatro, o Dia Mundial da Dança, 29 de Abril, celebra o nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), criador do ballet moderno e grande impulsionador da dança.


A mensagem de 2008 intitula-se "O espírito da dança não tem cor", foi escrita pela coreógrafa e bailarina sul-africana Gladys Faith Agulhas, premiada pelo trabalho que tem desenvolvido ligando a dança, a educação e a integração social.




Na Madeira,um dos destaque vai para o documentário 'Corpo Eléctrico', produzido por Filipe Ferraz e Marta Leon, da Die4films.

Fruto de vários meses de gravações, o trabalho acompanha o dia-a-dia do grupo Dançando com a Diferença e é apresentado no Centro das Artes - Casa das Mudas pelas 20 horas.

A sessão é antecedida de um debate com Henrique Amoedo, coreógrafo e director do grupo Dançando com a Diferença, Elisabete Monteiro, coreógrafa e professora universitária, Ricardo Velosa, director do Centro das Artes - Casa das Mudas e escultor, Rui Horta, coreógrado e director artístico do 'Espaço do Tempo', Daniel Tércio, escritor e crítico de dança e Filipe Ferraz.


Destaque-se também uma estreia, a de 'Nu Corpo, a Inquietação', o mais recente trabalho da Trans(form)art (Associação Artística de Educação pela Arte na Madeira).

O espectáculo de dança e arte digital é apresentado, aqui, no auditório da RDP Madeira.

Resultado de coreografias de Teresa Norton, e de um trabalho de palco conjunto com Ercília Pereira e Hélder Freitas, aborda a problemática do corpo a vários níveis e a relação que as pessoas têm com ele.

'Nu Corpo, a Inquietação' está dividido em dois momentos distintos e é complementado com o trabalho de fotografia e vídeo de Rúben Freitas, um conjunto de obras em acrílico sobre tela e sobre madeira, intitulada 'Entre Portas' que estará paralelamente patente ao público.

'Nu Corpo, a Inquietação' é um espectáculo para maiores de 12 anos.
A entrada é livre.


Mas hoje é também o Dia Nacional do Sorriso.

Os sorrisos, sobretudo os femininos, exercem efeito terapêutico em pessoas depressivas, é o que indica o estudo do investigador freitas Magalhães.


O trabalho, da autoria do director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção da Universidade Fernando Pessoa, do Porto, foi realizado de 2003 a 2006, tendo por base 160 pessoas diagnosticadas com depressão (80 homens e 80 mulheres) com idades entre 25 e 60 anos.

O sorriso "largo" (quando os lábios deixam ver os dentes) e

o sorriso "superior" (que mostra apenas os dentes de cima)

são os de maior efeito terapêutico.


No estudo foram mostradas aos participantes 8 fotografias com quatro tipos de sorriso de homem e de mulher :


"Largo"

"Superior"

"Fechado" e

"de face neutra"


"O efeito dos tipos de sorriso largo e superior é mais intenso e frequente nas mulheres do que nos homens, independentemente do género de quem os exibe ", sendo que os das mulheres exercem mais efeito do que os dos homens, refere o estudo.


Foram também constatados efeitos terapêuticos do sorriso em função da idade, com o registo de índices de franca melhoria do estado de saúde mental na faixa etária dos 45-60 anos, em comparação com o grupo dos 25-44 anos.


De acordo com avaliações trimestrais do estado psicopatológico dos paci entes, verificou-se que, perante a exibição dos tipos de sorriso largo e superior, estes passaram a valorizar mais os pensamentos positivos do que os negativos.


O Prof. Freitas Magalhães, é o único psicólogo português que estuda as funções e repercussões do sorriso no desenvolvimento das emoções e das relações interpessoais, já investigou os efeitos do sorriso na percepção psicológica da afectividade, dos delinquentes, dos estereótipos, e nas diferenças de género, idade e cor de pele.


Estudou também o reconhecimento das emoções básicas através da expressão facial em diferentes grupos etários e em deficientes mentais, sendo autor de uma base de dados portuguesa sobre expressão facial da emoção e do livro "A Psicologia do Sorriso Humano", lançado pelas Edições Universidade Fernando Pessoa.
O cientista é fundador e director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab).


No X da questão de hoje vamos também falar de um tenebroso caso, mais um infelizmente, que nos fazem pensar onde anda a polícia, os investigadores e a justiça.Não são novelas mas casos reais de profundo sofrimento,tortura e loucura levada ao extremo em pleno século XXI...



AÁustria conheceu nos últimos anos vários casos de sequestros, como foi o de Natascha Kampusch, raptada em 1998, quando tinha dez anos, por um homem que a privou da liberdade durante oito anos, na cave de uma casa nos subúrbios de Viena.
Em Agosto de 2006, Natascha aproveitou-se de um momento de distracção do sequestrador, Wolfgang Priklopil, para fugir.
Natascha Kampusch foi identificada por uma cicatriz no corpo, bem como pelo passaporte, deixado na cave onde esteve sequestrada.
Wolfgang Priklopil, de 44 anos, suicidou-se quando soube que era procurado pela Polícia.
Após a fuga, Natascha teve acompanhamento psicológico e revelou nutrir simpatia e afecto pelo sequestrador, o que foi diagnosticado como síndroma de Estocolmo.

Ontem surgia a notícia de mais uma menina e agora mulher, sequestrada numa cave pelo próprio pai há 24 anos!


O austríaco Josef Fritzl admitiu ter abusado sexualmente da filha Elisabeth durante os 24 anos em que a manteve presa na cave, disse à polícia que a prendeu para a livrar das drogas, porque «Ela era uma menina difícil».


A polícia austríaca encontrou no domingo passado o «calabouço» em que vivia em condições «infra-humanas» e sujeita a abusos sexuais que resultaram no nascimento de sete crianças.



O «calabouço» tem vários quartos estreitos e baixos, com uma altura máxima de 1,7 metros, com camas, instalações sanitárias e um pequeno espaço para cozinhar. Nem um televisor foi encontrado no local.

Elizabeth Fritzl teve sete filhos, um dos quais morreu poucos dias depois de nascer.


Através de cartas manipuladas, Josef Fritzl conseguiu dar a impressão de que Elizabeth se tinha juntado a uma «seita» e não queria saber dos filhos.

Segundo o testemunho de Elizabeth, o pai começou a abusar sexualmente dela aos 11 anos.

Desaparecida em 28 de Agosto de 1984, terá sido trancada pelo pai com abusos sexuais constantes.
O caso foi descoberto quando uma das filhas, Kerstin, de 20 anos, ficou doente e foi levada por Josef Fritzl ao hospital, descobrindo-se aí que a sua mãe constava como desaparecida nos registos policiais.
No segundo dia de depoimentos à polícia, Fritzl deu mais detalhes sobre a sua maneira de agir e sobre os motivos que o levaram a cometer os crimes.

Fritzl contou à polícia que o destino de 3 dos 7 filhos que teve com a filha foi traçado logo após o parto.

Como as crianças choravam muito, optou por retirá-las do cativeiro e levá-las para o andar de cima, onde morava com a esposa, também avó das crianças.
De acordo com a polícia, o austríaco revelou que levava roupas e comida à família que mantinha na cave da sua casa durante a noite.

Fritzl viajava muito para cidades vizinhas, onde fazia todas as compras para as quatro pessoas presas.
Descrito pela polícia como «autoritário» e «inteligente», Fritzl proibiu a mulher e os seis irmãos de Elisabeth de se aproximarem da cave.

Para se assegurar de que não seria alvo de suspeitas, o engenheiro queixava-se constantemente da falta de empenho da polícia para encontrar a filha.
Os vizinhos mostraram-se chocados com o caso. «Ele era reservado, mas cumprimentava-nos sempre de maneira amigável», disse um dos moradores do bairro.

Se for condenado, Fritzl poderá enfrentar uma pena até 15 anos de prisão.

Elisabeth, hoje com 42 anos, cinco dos seus seis filhos, e a sua mãe, Rosemarie, estão a ser tratados na clínica psiquiátrica Amstetten-Mauer e mantidos juntos numa ala isolada.

«Estão relativamente bem, mas naturalmente abalados com o que aconteceu», afirmou o chefe da clínica, Berthold Kepplinger.

Segundo o médico, manter toda a família no mesmo recinto é o melhor caminho, pois «terão a oportunidade de se conhecer melhor.

Já estão a conversar entre si», afirmou.
Rosemarie Fritzl e as três crianças que moravam na casa não sabiam do que acontecia na cave.

Kerstin Fritzl, a filha mais velha de Elisabeth, continua a ser tratada no Centro de Terapia Intensiva do Hospital Regional de Amstetten.

Após viver 19 anos fechada numa cave, o seu estado de saúde ainda é considerado crítico pelos médicos.
«Ela nunca teve contacto com diversas bactérias, o seu sistema imunológico ainda está completamente aberto», afirmou o chefe da pediatria do hospital, Arnold Pollak.


Natascha Kampusch, que também viveu em cativeiro durante oito anos noutro caso que chocou a Áustria, disse estar disposta a ajudar Elisabeth e a sua família, inclusive financeiramente: «Temos de nos lembrar que eles cresceram numa cave e terão dificuldades no contacto social. Um pouco de dinheiro sempre ajuda».
Diga o que lhe vai na alma perante os temas propostos.
Participe.
Xana.

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