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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

1º Dia Europeu de Doenças Raras - 29 Fevereiro 2008



1º Dia Europeu das Doenças Raras assinala-se hoje 29 de Fevereiro de 2008. A data foi escolhida propositadamente.É que 29 de Fevereiro também é raro...É só de 4 em 4 anos...


Esquecidas pelos governos, desprezadas pela indústria farmacêutica, desconhecidas pelos cidadãos, as doenças raras causam sofrimento a quem delas sofre e a quem com elas priva. Mais do que uma doença que acompanha por toda a vida quem dela depende, é um modo de ser e de viver que coloca desafios constantes a doentes e conviventes.


De difícil diagnóstico por falta de informação sobre a doença e por deficiente preparação dos médicos para as suas especificidades, com a grande maioria dos portadores a terem subjacentes alterações genéticas, a definição de doença rara passa essencialmente pela frequência com que atinge a população: uma doença designa-se de “doença órfã”, como também é chamada, quando afecta um número pequeno de indivíduos comparativamente com a população em geral.


O número de casos dificulta um estudo aprofundado, o tratamento destas doenças é também complicado. Requer estratégias terapêuticas profundamente individualizadas, quase caso a caso.


O reduzido número de casos e a especificidade de cada uma destas patologias dificulta a investigação e a produção de produtos farmacêuticos , as chamadas “drogas órfãs”, chegando a medicação mensal de um doente a custar 4000 euros!


São mais de 7000 doenças raras.Em Portugal há 400 casos.Na Madeira também.


Uma parte significativa das doenças e síndromes conhecidos e dos links para sites elucidativos sobre as suas características podem ser acedidos via Health On The Net Foundation (HON).


Visitas obrigatórias:


A Orphanet e a Eurordis que disponibilizam informação fidedigna em português, a Raríssimas que é uma associação portuguesa e a Aya , uma associação brasileira.Todas dão muito apoio e informação, orientando quem quer ou necessita ser informado sobre estas patologias, cuja lista cresce a cada dia que passa.



Visite-as, e aperceba-se de uma realidade com a qual convivemos no dia a dia e que na maioria das vezes nos passa despercebida. O simples contributo de ficar informado, atento e sensibilizado para o difícil percurso de vida destes doentes é só por si de um valor inestimável.


Obrigada,


Xana.


P.S - Amanhã na RTP-Madeira, no Serviço de Saúde, às 18.10 horas, dois médicos da região que lidam directamente com vários casos de doenças raras falam das suas experiências.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Violência doméstica

Violência Doméstica. Não tenha medo. DENUNCIE !

Violência Doméstica na Madeira.



A equipa de apoio à vítima de maus tratos, criada pelo Centro de Segurança Social da Madeira (CSSM) em 2002, recebe mais de 98% de queixas e pedidoas de apoio de mulheres.

Actualmente, a Região possui três casas de apoio para receber e ajudar as mulheres vítimas de maus tratos. É mais um alento a quem se encontra nestas situações.

A primeira casa de abrigo surgiu em 2002, a segunda em 2004 e, em 2006, foi criada uma terceira instituição com capacidade para acolher 19 vítimas.

A maior parte dos pedidos de apoio pertence a mulheres, dos 25 aos 54 anos.

A prática do crime de maus tratos a cônjuges e familiares causa, em média, duas vítimas por dia, 12 por semana e 53 por mês, na Região Autónoma da Madeira. Os dados são do Comando Regional da PSP e reportam-se ao período compreendido entre 2000 e 2006, ou seja, desde a altura em que a violência doméstica passou a assumir a configuração legal de crime de natureza pública em Portugal.

A violência doméstica é transversal, não tem classe social e nada resolve.



Violência Doméstica. Dados Nacionais.


A PSP registou 13 050 denúncias de violência contra mulheres, crianças e idosos no ano passado.
Em 2007 foram assassinadas pelos maridos, ex-maridos, companheiros ou namorados 21 mulheres portuguesas, e três filhos das mesmas, revelou um estudo, apresentado a semana passada no Porto, pelo Observatório das Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).


“O estudo foi baseado em notícias da imprensa que tentámos cruzar o mais possível com dados oficiais da PSP, da Polícia Judiciária e do Instituto de Medicina Legal.
São dados por defeito, na medida em que, infelizmente, temos a certeza que encontraremos mais casos”,disse Maria José Magalhães, da UMAR.


Todas estas vítimas apresentavam um historial de violência e maus tratos contínuos e foram brutalmente assassinadas.

Os casos mais chocantes prendem-se com um pai que matou a ex-mulher e os seus dois filhos – com 21 e 11 anos – e um outro ex-marido que matou a ex-mulher, e o filho desta, com apenas 11 anos.

Os casos de violência doméstica entre casais desavindos e separados têm vindo a aumentar.
O procurador Carlos Figueira, do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), em Lisboa, realça que após a separação o agressor é imprevisível:

“É o período em que se perde o controlo e onde as medidas de coacção têm de ser mais rápidas. Motivados pelo ciúme ou pela raiva, os agressores entram em perseguições e aterrorizam a vida das ex-mulheres”.


A PSP dá conta de um número significativo de pessoas do sexo masculino que também são vítimas, nomeadamente idosos e menores com menos de 16 anos.
“Houve um aumento razoável de agressões dentro do ambiente familiar a pessoas com mais de 65 anos em 2007 e um acréscimo nas agressões contra menores”, explicou a PSP.



Não tenha medo!
DENUNCIE !!!

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Pobreza em Portugal .

Portugal é o segundo país da União Europeia onde o risco de pobreza infantil é maior.

É o que afirma um relatório sobre a protecção e inclusão social da Comissão Europeia, que analisou indicadores como o desemprego, a pobreza dos trabalhadores e insuficiência/ineficácia da assistência social.

20% crianças pobres.
Uma em cada cinco crianças portuguesas está exposta ao risco de pobreza, o que faz de Portugal o segundo País da União Europeia, a seguir à Polónia, onde as crianças são mais pobres.

Porquê ?
Eis o X da questão...

Má gestão do Estado.
Aumentou o desemprego.
Há um baixo nível de vida.
Instabilidade laboral.
Ordenados baixos.
Elevada taxa de abandono escolar.
Irresponsabilidade da família. ( subsídio-dependência, rendimento social de inserção, facilitismo)
Negligência com cuidados básicos. (alimentação, higiene e educação.)
Famílias disfuncionais (violência, consumo de álcool e drogas.)


As carências infantis são imensas e não dependem do facto de os pais estarem ou não desempregados.


Situação na Madeira.

O Secretário Regional dos Assuntos Sociais disse, em finais de Novembro do ano passado (2007), que 18 % da população nesta região vive com rendimentos iguais ou inferiores ao salário mínimo regional, dos quais 4,7 estão abaixo do limiar da pobreza.


Francisco Jardim Ramos referiu que os 4,7 % vivem com menos de 360 euros por mês e que o Centro Regional da Segurança Social tinha, nessa altura, 7.885 beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI).

Factos são factos...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Apoio Psicológico aos Polícias.Suicidio.




Sábado à noite, um agente da PSP da Esquadra do Funchal suicidou-se na sua casa ingerindo um produto tóxico.
Tinha 43 anos, deixou um bilhete a se despedir dos familiares e amigos.
Quem o encontrou já morto foi o filho mais velho...

O polícia estava com uma depressão, precisando de apoio e orientação psicológica.
A sua mulher há cerca de 2 meses também se suicidou.
Tinha 2 filhos menores, agora órfãos.
Os problemas pessoais e familiares, o 'stress' da vida e da profissão acabaram em tragédia para estas duas crianças com 16 e 4 anos que se vêem agora numa situação terrível. Sem pai e sem mãe...


Pode ler a notícia na íntegra aqui.
http://www.dnoticias.pt/Default.aspx?file_id=dn04010206250208


Jorge Silva, da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP-PSP), faz questão de afirmar que "há uma falta gritante" no acompanhamento psicológico aos polícias.
Onde estão os profissionais que devem e sabem dar apoio psicológico?


E os responsáveis pela criação de mecanismosde articulção aos gabinetes de apoio psicológico?

Ser polícia na Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da PSP é mais stressante do que integrar o Corpo de Intervenção (CI), que actua em operações policiais consideradas de risco.
O stress na Polícia pode conduzir a doenças físicas e psicológicas, ao vício do álcool e, até, ao suicídio.
A conclusão consta num estudo do Centro de Formação e Investigação em Psicologia concluído em Setembro último, que entrevistou 336 polícias do CI, das EIC e da Banda de Música (BM) da PSP para perceber ‘O Impacto do Stress Profissional no Bem-Estar dos Polícias’.

A partir de 2002, os suicídios duplicaram em Portugal. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 90 % dos suicídios tem por detrás perturbações mentais e não apenas stress profissional. Há mais mortes por suicídio do que por homicídio.


Os comportamentos suicidários, tais como o suicídio, o para-suicídio e outras formas de comportamentos de risco, constituem um dos maiores flagelos da sociedade contemporânea.
Conhecer, desmistificar, reconhecer os sinais, saber a quem recorrer, onde fazê-lo e como ajudar alguém que connosco se cruza no dia-a-dia mostrando sinais de dor, angústia, solidão, desespero, saber lidar com a morte de alguém próximo, são o X da questão.



Saiba quais os Factores de Risco :


Psicopatológicos

1. Depressão endógena, esquizofrenia, alcoolismo, toxicodependência e distúrbios de personalidade;
2. Modelos suicidários: familiares, pares sociais, histórias de ficção e/ou notícias veiculadas pelos média;
3. Comportamentos suicidários prévios;
4. Ameaça ou ideação suicida com plano elaborado.


Pessoais

1. Ter entre 15 e 24 anos ou mais de 45;
2. Pertencer ao sexo masculino e raça branca;
3. Morte do cônjuge ou de amigos íntimos;
4. Escolaridade elevada;
5. Presença de doenças terminais (HIV, cancro etc.);
6. Hospitalizações frequentes, psiquiátricas ou não;
7. Família actual desagregada: por separação, divórcio ou viuvez.


Psicológicos

1. Ausência de projectos de vida;
2. Desesperança contínua e acentuada;
3. Culpabilidade elevada por actos praticados ou experiências passadas;
4. Perdas precoces de figuras significantes (pais, irmãos, cônjuge, filhos);
5. Ausência de crenças religiosas.



Sociais

1. Habitar em meio urbano;
2. Desemprego;
3. Mudança de residência;
4. Emigração;
5. Falta de apoio familiar e/ou social;
6. Reforma;
7. Acesso fácil a agentes letais, tais como armas de fogo ou pesticidas;
8. Estar encarcerado.



Conheça os Sinais de Alerta

Detectar os sinais de alerta e intervir de forma eficaz é uma tarefa importante que poderá salvar vidas.

A impulsividade é um dos factores importantes a ter e conta, pois ela modela a rapidez com que se passa do pensamento ao acto, podendo constituir um factor de risco acrescido ou um factor de protecção.

O nível de energia é também um factor importante a ter em conta. É na fase de remissão da depressão que o risco de suicídio aumenta, aumentando também o nível de energia que facilitará o acto suicida. Da mesma forma, quando os sintomas depressivos pioram também o risco aumenta em consequência de mais uma derrapagem no percurso doloroso da depressão.

Os principais sinais de alerta podem ser apreendidos através de sinais, tais como comentários acerca da morte ou suicídio.
Ao contrário do que a maioria das pessoas julga, os suicidas expressam algo sobre as suas intenções.

Os preparativos para a morte são por vezes um dos sinais mais preocupantes, tais como a preparação de documentos, dar objectos pessoais de valor sentimental elevado ou escrevendo cartas ou notas aos amigos.

Alguns sinais exteriores podem evidenciar risco, tais como a sensação desesperança, ansiedade intensa, auto-desprezo, apatia ou entorpecimento, assim como tristeza intensa, comportamento impulsivo e mudanças rápidas de humor.

Órfãos. A dor.

Não saber lidar com a dor.
Os adultos frequentemente acreditam que as crianças esquecem os
seus pais depois de alguns meses. Há pouco
entendimento sobre a dor sentida pelas crianças e/ou como elas
expressam essa dor em diferentes idades.
Em geral, a luta dos adultos para lidar com a sua própria dor é tão grande que não
conseguem lidar com a dor das crianças.
Por outro lado, as crianças
muitas vezes não conseguem falar sobre os seus sentimentos.

Os efeitos psicológicos e emocionais sobre as crianças podem incluir:

- Depressão, tristeza e choro.
- Estar sempre a pensar a respeito da morte.
- Afastamento e isolamento.
- Auto-estima baixa.
- Raiva e comportamento descontrolado ou anti-social.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Dançando com a Diferença.


O Grupo Dançando com a Diferença nasceu de uma iniciativa mais ampla chamada Projecto Dançando com a Diferença, desenvolvida de Setembro de 2001 a Junho de 2007 na DREER - Direcção Regional de Educação Especial e Reabilitação. Desde então, esta iniciativa da responsabilidade de Henrique Amoedo, desenvolve-se através da Associação dos Amigos da Arte Inclusiva - Dançando com a Diferença, entidade criada por familiares e elementos que acompanham este grupo desde o seu início.


Dia 23 de Fevereiro de 2008 às 21horas.


Centro das Artes Casa das Mudas na Calheta.


Duas coreografias do seu repertório

“1 Apaixonado” (de Henrique Rodovalho) e

“Tempus Incertus” (de Elisabete Monteiro).


Bilhetes: 10€ público em geral / 7,50€ grupos (+ de 10 pessoas) / 5€ (até 12 e maiores de 60 anos)
Reservas e Informações:
Centro das Artes Casa das Mudas – Tel.: 291 820 900
Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Dançando com a Diferença – Tel.: 291 752 157


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Abuso Sexual Menores

O abuso sexual de menores até aos 14 anos representa mais de 70% de todas as queixas de crimes sexuais contra crianças e jovens.
Queixas que acabam, em 30% dos casos, por não configurar qualquer crime...

Abusador e violador.

A crer no perfil desenhado pelo cruzamento de informações do Sistema Integrado de Informação Criminal (SIIC) da Polícia Judiciária, o abusador de crianças revela-se diferente do violador de jovens com menos de 16 anos.

Com excepção da realidade profissional do autor do crime com ligeiras variações percentuais, são os trabalhadores não qualificados e os operários e artífices os principais grupos referenciados. Mas, se atentarmos nas restantes variáveis, o panorama é bastante diferente.

O abuso sexual de crianças tem como autores maioritários indivíduos dos 31 aos 40 anos (25%), enquanto a violação de menores de 16 tem a maior faixa de agressores entre os 21 e os 30 anos (37,5%).

Da mesma forma, 78% dos autores de violação são solteiros, contra 43% nos casos de abuso de crianças, crime em que os agressores casados representam 33,5% e os divorciados 9%.

Também varia a nacionalidade: 86% dos casos de abuso são atribuídos a cidadãos portugueses, número que desce para 56% na violação de menores (25% dos casos envolvem pessoas vindas de África e 12,5% da Europa de Leste).

Os operários e artífices são, de resto, a categoria profissional mais assinalada na maioria das tipologias de crimes sexuais contra crianças e menores, à excepção dos actos homossexuais com adolescentes, em que a primeira referência é a do técnico profissional de nível intermédio.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Crimes Sexuais Contra Crianças.


Apesar de haver alguma, mas ainda não suficiente, vigilância da sociedade em geral, continuam a haver crianças abusadas sexualmente.

Na maior parte dos casos, o agressor é um familiar ou conhecido, ou seja, pessoas que os menores conhecem e convivem no dia-a-dia.

O facto de, na maior parte dos casos, os agressores serem do próprio meio familiar, leva a criança a ter medo de falar, de denunciar.

Vários factores podem levar uma criança a ocultar o abuso e a dor a que foi sujeita, nomeadamente, medo de represálias por parte do pedófilo, sentimentos de vergonha, culpa, exposição pública e exclusão.

Os crimes sexuais contra crianças e jovens triplicaram em Portugal nos últimos cinco anos.

Quem comete o crime?

81% (quatro em cada cinco) Familiares Próximos
28% Vizinhos /pessoas conhecidas

Onde se practicam?

A maioria dos crimes foi em casa (60,45%)
Locais ermos (7,69%),
Escolas ou colégios (4,46%)
Meios de transporte (4,22%).

Quem denunciou?

Mãe 34%.
Pai (14%),
Comissões de proteção de menores (10%),
Tribunal (7%)
Escolas (5%).

Em 96% dos casos o agressor era do sexo masculino e em 75% as vítimas eram do sexo feminino.

Há uma forma de evitar e de combater - DENUNCIAR !

Há tempos recebi este texto por mail.
Agora recordo-o...e deixo-o aqui de propósito.

O meu nome é ""Sara"
Tenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,
Não consigo ver.
Eu devo ser estúpida,
Eu devo ser má,
O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?
Eu gostaria de ser melhor,
Gostaria de ser menos feia.
Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.
Eu não posso falar,
Eu não posso fazer asneiras,
Senão fico trancada todo o dia.
Quando eu acordo estou sozinha,
A casa está escura,
Os meus pais não estão em casa.
Quando a minha mãe chega,
Eu tento ser amável,
Senão talvez levaria
Uma chicotada à noite.
Não faças barulho!
Acabo de ouvir um carro,
O meu pai chega do bar do Carlos.
Ouço-o dizer palavrões.
Ele chama-me.
Eu aperto-me contra o muro.
Tento-me esconder dos seus olhos demoníacos.
Tenho tanto medo agora,
Começo a chorar.
Ele encontra-me a chorar,
Ele atira-me com palavras más,
Ele diz que a culpa é minha, que ele sofra no trabalho.
Ele esbofeteia-me e bate-me,
E berra comigo ainda mais,
Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.
Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.
Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,
E o meu dia continua com horríveis palavras...
"Eu lamento muito!", eu grito
Mas já é tarde de mais...
O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.
O mal e as feridas mais e mais,
"Meu Deus por favor, tenha piedade!
Faz com que isto acabe por favor!"
E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,
Imóvel no chão.
O meu nome é "Sara"
Tenho 3 anos,
Esta noite o meu pai matou-me...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Cancro na Criança. Tumor Cerebral.

Veja este pequeno vídeo e divulgue a informação.

Esse pequeno gesto pode salvar muitas vidas.

Obrigada,
Xana.

Cancro Infantil: os medos, as dúvidas e a sobrevivência

Sempre que um filho(a) adoece, os pais adoecem com ele. Face a qualquer tipo de doença sentimo-nos inseguros e frustrados. Enquanto se avança em exames e mais exames e a expectativa do diagnóstico, invade-nos uma angústia e uma ansiedade que nos impede de respirar.

Quando a doença diagnosticada é cancro, e se refere ao nosso filho(a), o nosso coração deixa por momentos de bater....ficamos suspensos num desespero e desejamos acordar do pesadelo.

Cancro é uma palavra que carrega um estigma de sofrimento e morte. Saber lidar e como reagir, bem como ajudar alguém com cancro, é um desafio.

Raramente é só a criança a precisar de ajuda.
A reacção de uma criança à noticia de que sofre de uma leucemia, de um linfoma ou de um tumor no sistema nervoso central, depende da idade, da estrutura da própria criança, da estrutura familiar e da envolvência.

Nem sempre a criança tem consciência real do que se passa com ela.

Apenas se apercebe das consequências de algo que está diferente através das "alterações das rotinas, as mudanças de comportamento ou o isolamento".

Normalmente , é através da alteração do comportamento dos pais (verdadeiros conhecedores do que se passa com os filhos) que os filhos tomam consciência de que há um problema. Se os pais estão preocupados, então é porque o que se passa com eles é grave.


Os pais que muito das vezes podem ser parte da solução tornam-se parte do problema. Acontece muitas das vezes haver uma paternalização dos filhos em relação aos pais.

E é exactamente nessa paternalização dos filhos aos pais, reveladora de fragilidades e amor, que os próprios Pais vão buscar coragem e força para "acalmarem a sua própria dor" e entregarem-se de corpo e alma ao bem-estar emocional dos seus filhos. Ao proporcionarem este bem-estar psicologico vão estar também.... a aliviar de alguma maneira o sofrimento fisico, e consequentemente a proporcionarem uma maior qualidade de vida aos seus filhos.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Amar no Dia dos Namorados



Nada como o dia 14 de Fevereiro para nos fazer lembrar do Amor.

Dizem que o Amor move o mundo. Mas na realidade é o amor pelo "outro" que faz mover o nosso mundo.

No Dia dos namorados todos trocamos prendas, postais e jantares românticos para comemorar o Dia do Amor, mas será que todos os dias não são bons para namorar?

As pessoas esquecem-se, cada vez mais, de namorar. Investem cada vez mais nas profissões e desinvestem no Amor.
O Amor precisa de "cuidados diários" e em momentos de fragilidades, de cuidados redobrados. O Amor implica disponibilidade interior para escutar e estar com o "outro".

A falta de diálogo e de partilha do dia-a-dia, retira cumplicidade à relação. Cria barreiras e abismos incomensuráveis.... fazendo com que se criem afastamentos quer fisicos quer emocionais.

Na maioria das vezes, quando nos damos conta, já vivemos juntos mas não partilhamos intimidades.

E como todos nós sabemos, para manter a chama do amor viva, há que alimentar as relações amorosas de cumplicidade, de tranquilidade, de conflitos, de ternura e de paixão.

Nada como o diálogo, para revelarmos ao outro aquilo que nos magoa e nos inquieta, ou aquilo que nos deixa feliz.

Ninguém é feliz sem viver um grande amor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Stress e Qualidade de vida na Actividade Judicial


Considerada como uma das profissões mais stressantes, a actividade judicial, é uma a actividade muito desgastante , devido à sobrecarga de processos a ser julgados, o peso emocional do julgamento bem como os conflitos entre os valores profissionais e os pessoais.


Obviamente que as caracteristicas de personalidade de quem julga, o modo de reagir à vida(muitas vezes não é o acontecimento em si, mas a maneira como cada um o interpreta) também interfere no modo como se lida com o stress.

O stress profissional interfere na qualidade de vida, modificando a maneira como o individuo interage nas diversas áreas da sua vida. Logo, uma das áreas que sofre altissimos prejuizos é a familiar. O pouco tempo dedicado à familia, em função do alto investimento no trabalho, acarreta a falta de suporte e apoio quando necessário.

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa - ser JUIZ - não é tarefa fácil.
Como sabemos o "peso" da responsabilidade de termos a nosso cargo o "poder" de decidir sózinhos o destino da vida de uma pessoa e das que a rodeiam - é extremamente stressante. O não poder partilhar com ninguém, o conteúdo dos processos e não poder "trocar" experiências ou ideias com outros colegas, faz-nos sentir angustiados, ansiosos e com tendência a isolarmo-nos.

Ser Juiz, significa estar só.......não fosse o acto de julgar um acto solitário.


 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Alibi dos Infiéis



Quando falamos em Amor entre parceiros, está implicito que este requer exclusividade. O que significa que numa relação de amor, onde claramente há partilha de afectos, deveria também existir a partilha da honestidade e da confiança.

A infidelidade é sobretudo uma perda de confiança no outro. O mais importante para evitar a infidelidade é ser capaz de estabelecer fronteiras entre a amizade e "algo mais". Não deixar criar oportunidades, sobretudo quando se está mais vulnerável.

Quanto maiores forem as mentiras cometidas mais dificil será recompor a confiança.

As pessoas cultivam a mentira... e para preencher esta necessidade surgem serviços à disposição de qualquer um, na internet, que garantem colmatar todas as exigências dos clientes que a procuram.

Há empresas que ganham destaque ao especializarem-se a forjar álibis para as nossas mentiras.

São elas o Alibila e o Alibi Network. Na página de abertura do site, é possivel ler : "Se está sufocado no contexto familiar e precisa de ar fresco sem levantar problemas, se tem uma aventura passageira e não quer pôr em perigo o seu casamento nem a familia, nós temos uma gama de serviços completos destinados a proteger as suas actividades privadas".

Obviamente que cada serviço prestado tem um preço.

O que vale a pena reflectir, antes de avançarmos para a solicitação de um pedido destes, é ter a consciência de que antes de mais, estamos a viver uma mentira e a pagar um preço demasiado alto para enganarmos quem nos ama.


Lara Santos

sábado, 9 de fevereiro de 2008

"A seca das segundas-feiras"


Como vencer o Tédio que ataca às Segundas

Todas as segundas-feiras é este esforço sobre-humano para recomeçar a rotina de mais uma semana. Entre almoços preparados às sete da manhã e enfiados em termos fumegantes, até ao trânsito, maldito trânsito, passando pelo retomar da papelada que abandonamos na sexta-feira em cima da secretária, na esperança de que tudo se resolvesse magicamente, por si mesmo. Mas a magia, ao que parece, também está em crise.
Há segundas-feiras que não custam nada, mas essas só acontecem quando estamos apaixonados. Por alguém ou por alguma coisa. Sobram as outras todas, aquelas em que vence o Tédio, e em que só nos apetece ficar por baixo do ederdão.
A revista Mind, suplemento da Scientific American, dedicou exactamente ao Tédio um dossier inteiro na sua última edição, porque os cientistas acreditam que é uma das grandes causas do consumo de drogas (usadas como forma de fuga), das depressões, ansiedades e de fenómenos como o insucesso escolar e profissional.
Os níveis de tédio, defendem, dependem de pessoa para pessoa, e há algumas mais susceptíveis de sofrerem daquela que a autora do artigo, Anna Gosline, classifica da «emoção mais chata de todas as emoções humanas». As principais vítimas são as que têm dificuldades de concentração, não conseguindo mergulhar suficientemente fundo nos assuntos para descobrir o seu real interesse. As mais resistentes, as que conseguem brincar com o pensamento e a imaginação, juntando sempre algum «picante», mesmo às situações mais áridas.
A culpa talvez seja dos genes, dizem, mas é certamente dos pais que não frustram os filhos, ensinando-os a «irem para fora cá dentro» e a descobrirem recursos internos para combater esta sensação de aborrecimento.
Por isso, da próxima vez que quiser poupar o seu filho ao tédio das segundas, controle-se. Porque o tédio só pode ser curado pelo tédio, que obriga a que se procurem formas novas de o ultrapassar. Um exercício doloroso, mas que ninguém pode fazer por nós.
ISABEL STILWELL

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Erotismo e pornografia: Salão Erótico do Porto



Sempre que se fala de sexo, há sempre alguém que se insurge e que mostra a sua indignação.

Quando associado ao sexo e erotismo se associa uma eventual visita ao Salão Erótico do Porto (pela 1ª vez nesta cidade), por muita curiosidade, vontade e desejo em visitar...sobrepõe-se o preconceito e tabu que fazem recuar qualquer mente mais atrevida.

Todos nós temos de ter consciência da importância do conhecimento da nossa própria sexualidade, e da necessidade de fantasiar. A fantasia é a mola propulsora da realização sexual, é inerente ao ser humano, existindo desde a infância até à velhice, apenas modificando a sua forma e conteúdo.

Todos temos fantasias.

Aqueles que acham que as não têm estão reprimindo-as inconscientemente, não se permitindo experimentá-las enquanto fantasias. As fantasias sexuais são saudáveis e inevitáveis, sendo de grande importância na vida sexual, pois alimentam uma parte do desejo e das motivações sexuais, tendo a sua origem no impulso sexual.

Assim sendo, consideramos o erotismo como essencial para o prazer e a pornografia como um acessório, um recurso sexual, que pode ou não estar presente. Quem não reconhece o poder de um ramo de flores, acompanhado de um jantar romântico à luz das velas? Tudo isto são recursos eróticos.

Ás vezes o facto de visitar um salão erótico com o parceiro, poderá trazer para a relação "condimentos" essenciais para alimentar essa relação e poderá funcionar como um meio facilitador da comunicação das fantasias de cada um dos parceiros.

Quanto mais conhecemos as fantasias do parceiro e as partilhamos, mais perto estamos dele. A cumplicidade torna-se maior e mais forte fica a relação.

Confesso que por "desencontro geográfico" ainda não tive a possibilidade de visitar um salão erótico, mas assim que for possivel tenciono fazê-lo.

É fundamental a visita a este tipo de salões para que muitas vezes, a própria pessoa se possa redescobrir, seleccionando assim o tipo de estimulo erótico que mais acciona a sua libido.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Dia Mundial da tolerância zero contra Mutilação Genital Feminina

Custa-me pensar que em pleno século XXI ainda possam existir crenças e tradições que ponham em risco, a integridade física e psicológica das mulheres, para servir o supremo prazer dos Homens.
Quando falo em Mulheres, refiro-me a atrocidades feitas a crianças (em que as idades variam entre os 2 e os 15 anos -variando de Pais para Pais), realizadas em condições sub-humanas e sem qualquer opção de escolha.
Umas sobrevivem-outras não (morrem de hemorragias, infecções e um sem número de complicações). As que sobrevivem ficam completamente mutiladas na alma.
Jamais voltam a ser quem eram.

Perdem o direito a viverem a infância e perdem, para sempre, o direito a viverem e conhecerem a sua própria sexualidade.

É-lhes roubado o Presente e o Futuro.

Lara Santos