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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Momentos de Glória



É óbvio, que quem concorre a um programa televisivo como a "Operação Triunfo ", procura notoriedade pública. Há como que uma necessidade, particular, em ser conhecido como meio de alimentar o próprio ego. O reconhecimento do outro é de extrema importância.

A Fama, cada vez mais, está associada ao prestigio social e à independência financeira.
Quantos de nós não desejaram já ser famosos?

Foi este desejo que levou, Vânia Fernandes, a concorrer à Operação Triunfo. E foi o seu talento, força e determinação que fez com que fosse a Vencedora.

Dona de uma voz fabulosa, de uma doçura encantadora (diz quem a conhece), e natural da Madeira, conseguiu a proeza de "unir" os Madeirenses para conquistar a vitória.

Quem nunca visitou a Madeira, não consegue perceber a dimensão do regionalismo que existe neste povo. O Madeirense, valoriza o que é seu, e orgulha-se disso. Ao contrário do Continental.

Podemos dizer que, Vânia Fernandes, venceu com o empenho de todos os Madeirenses que votaram nela.

A Questão que se impõe é - será a Vânia capaz de sobreviver à fama quando esta faltar?-

Obviamente quando se perde a Fama, perde-se auto-estima. E perdendo auto-estima e reconhecimento público, somos "atirados" para o esquecimento e anonimato. Há quem saiba e consiga sobreviver a este golpe, e há quem se entregue a depressões. Tudo vai depender das redes sociais de apoio e da capacidade de gerir o desfasamento entre as expectativas e os ganhos reais.

Aqui surge um factor importante, é que para se sobreviver à fama tem de se ter noção que esta um dia acaba, e que alguém nos irá substituir.( nessa altura, é preciso procurar outro alimento para o nosso ego).

Espero que a Vânia aproveite, ao máximo, o seu momento de glória....." mas sem nunca tirar os pés do chão ".

Boa Sorte, Vânia! E nunca percas a capacidade de sonhar.








sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Obesidade infantil: um Problema do Séc.XXI


Numa altura em que os hábitos alimentares e a diminuição do exercicio físico, cada vez mais se alteram, urge falar na Obesidade infantil.

Constatamos que na nossa sociedade actual existem um crescente número de crianças obesas que mantém um peso bem acima do que seria benéfico para a sua saúde física e emocional.

Uma pequena parte dessas crianças realmente sofre de algum distúrbio orgânico, mas o que na verdade ocorre com a maioria, é que elas ingerem muito mais energia através da comida do que gastam.

Este consumo excessivo de comida esconde, por vezes, distúrbios psicológicos e na maioria das vezes funciona como um substituto de afecto. Obviamente, e num número muito reduzido de casos,tem como factores a hereditariedade.

É muito dificil tratar a obesidade infantil, porque nem sempre é fácil a uma criança perceber as razões da dieta e estar motivada a abdicar do que gosta. Mas quando se fala em obesidade infantil é importante referir que o envolvimento da familia na dieta da criança é crucial.

Antes de educar a criança a comer, e a ter hábitos de vida saudável, é necessário educar os pais - e é aqui que reside o problema.

É urgente auto-consciencializar a familia para a importância de adquirir bons hábitos alimentares, de modo a evitar futuros problemas, quer físicos quer psicológicos.

Ao nivel físico podem surgir consequências tais como: problemas cardiovasculares, respiratórios e ortopédicos. Outra consequência, não menos grave, é o aparecimento da Diabetes tipo II.

Ao nivel psicológico e contrariando a ideia pré-concebida de que "os gordinhos são bem-dispostos", muitas crianças sofrem verdadeiramente com este problema. Sentem-se desconfortáveis e envergonhadas e têm, problemas de auto-estima e dificuldades em relacionar-se com os colegas.

Como todos sabemos, as crianças em idade escolar são muito pouco altruistas, chegando muitas vezes a serem crúeis. Muitas vezes, as crianças obesas são "gozadas" sem qualquer pudor; noutras a discriminação é mais súbtil, mas não menos sentida, nem menos preocupante. Acontece muitas das vezes, em situações de se constituirem equipas para os jogos, que os "mais gordinhos" sejam postos de parte ou os últimos a serem escolhidos.

Nestas situações é fundamental a intervenção do professor, de modo a valorizar as caracteristicas positivas destas crianças, atribuindo-lhes papéis que contribuam para a sua integração, mesmo no campo desportivo.

É fundamental não censurar nem culpabilizar as crianças, de modo a que não se sintam "diferentes e inferiores" às outras crianças, evitando assim feridas no seu "amor próprio" e na sua auto-estima.


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Não tenho tempo.

Não Tenho Tempo

Sabe meu filho,
Até hoje não tive tempo para brincar com você.
Arranjei tempo para tudo,
Menos para ver você crescer.
Nunca joguei dominó, dama, xadrez ou batalha naval com você.
Percebo que você me rodeia,
Mas sabe, sou muito importante e não tenho tempo...
Sou importante para números, convites-sociais,
Uma série de compromissos inadiáveis...
E largar tudo isso para sentar no chão com você...
Não, não tenho tempo !
Um dia você veio com o caderno da escola para o meu lado,
Não liguei, continuei lendo jornal.
Afinal, os problemas internacionais
São mais sérios que os da minha casa.
Nunca vi seu boletim nem sei quem é sua professora,
Não sei nem qual foi sua primeira palavra,
Também, você entende... não tenho tempo...
De que adianta saber as mínimas coisas de você
Se eu tenho outras grandes coisas a saber?
Puxa, como você cresceu!
Você já passou da minha cintura. Está alto!
Eu não havia reparado isso.
Aliás, não reparo quase nada, minha vida é corrida,
E quando tenho tempo, prefiro usá-lo lá fora.
E se uso aqui, perco-me calado diante da TV,
Porque a TV é importante e me informa muito...
Sabe, meu filho...
A última vez que tive tempo para você, foi numa cama,
Quando o fizemos!
Sei que você se queixa,
Que você sente falta de uma palavra,
De uma pergunta minha,De um corre-corre,
De um chute na sua bola.Mas eu não tenho tempo...
Sei que você sente falta do abraço e do riso,
Do andar-a-pé até a padaria para comprar guaraná,
Do andar-a-pé até o jornaleiro para comprar "Pato Donald",
Mas sabe, há quanto tempo não ando a pé na rua?
Não tenho tempo...
Mas você entende, sou um homem importante,
Tenho que dar atenção a muita gente,
Dependo delas...
Filho, você não entende de comércio...!
Na realidade, sou um homem sem tempo!
Sei que você fica chateado,
Porque as poucas vezes que falamos é monólogo, só eu falo.
E noventa e nove por cento é bronca:
Quero silêncio, quero sossego!
E você tem a péssima mania de vir correndo sobre a gente,
Você tem mania de querer pular nos braços dos outros...
Filho, não tenho tempo para abraçá-lo,
Não tenho tempo para ficar com papo-furado com criança.
Filho,
O que você entende de computador, comunicação, cibernética,
Racionalismo?
Você sabe quem é Marcuse, Mac Luan?
Como é que vou parar para conversar com você?
Sabe filho,
Não tenho tempo, mas o pior de tudo,
O pior de tudo é que...
Se você morresse agora, já, neste instante,
Eu ficaria com um peso na consciência
Porque até hoje
Não arrumei tempo para brincar com você,
E na outra vida, por certo, Deus não terá tempo de me deixar, pelo menos , vê-lo!

Neimar de Barros.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Jingle

As incógnitas...
As vivências com virtudes e defeitos...
Um programa onde se ouve, o que os lábios habitualmente não dizem...
O x da questão; às 3 da tarde na Antena 1.