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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Obesidade infantil: um Problema do Séc.XXI


Numa altura em que os hábitos alimentares e a diminuição do exercicio físico, cada vez mais se alteram, urge falar na Obesidade infantil.

Constatamos que na nossa sociedade actual existem um crescente número de crianças obesas que mantém um peso bem acima do que seria benéfico para a sua saúde física e emocional.

Uma pequena parte dessas crianças realmente sofre de algum distúrbio orgânico, mas o que na verdade ocorre com a maioria, é que elas ingerem muito mais energia através da comida do que gastam.

Este consumo excessivo de comida esconde, por vezes, distúrbios psicológicos e na maioria das vezes funciona como um substituto de afecto. Obviamente, e num número muito reduzido de casos,tem como factores a hereditariedade.

É muito dificil tratar a obesidade infantil, porque nem sempre é fácil a uma criança perceber as razões da dieta e estar motivada a abdicar do que gosta. Mas quando se fala em obesidade infantil é importante referir que o envolvimento da familia na dieta da criança é crucial.

Antes de educar a criança a comer, e a ter hábitos de vida saudável, é necessário educar os pais - e é aqui que reside o problema.

É urgente auto-consciencializar a familia para a importância de adquirir bons hábitos alimentares, de modo a evitar futuros problemas, quer físicos quer psicológicos.

Ao nivel físico podem surgir consequências tais como: problemas cardiovasculares, respiratórios e ortopédicos. Outra consequência, não menos grave, é o aparecimento da Diabetes tipo II.

Ao nivel psicológico e contrariando a ideia pré-concebida de que "os gordinhos são bem-dispostos", muitas crianças sofrem verdadeiramente com este problema. Sentem-se desconfortáveis e envergonhadas e têm, problemas de auto-estima e dificuldades em relacionar-se com os colegas.

Como todos sabemos, as crianças em idade escolar são muito pouco altruistas, chegando muitas vezes a serem crúeis. Muitas vezes, as crianças obesas são "gozadas" sem qualquer pudor; noutras a discriminação é mais súbtil, mas não menos sentida, nem menos preocupante. Acontece muitas das vezes, em situações de se constituirem equipas para os jogos, que os "mais gordinhos" sejam postos de parte ou os últimos a serem escolhidos.

Nestas situações é fundamental a intervenção do professor, de modo a valorizar as caracteristicas positivas destas crianças, atribuindo-lhes papéis que contribuam para a sua integração, mesmo no campo desportivo.

É fundamental não censurar nem culpabilizar as crianças, de modo a que não se sintam "diferentes e inferiores" às outras crianças, evitando assim feridas no seu "amor próprio" e na sua auto-estima.


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