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sexta-feira, 2 de maio de 2008

" A minha mãe é ninda"


Este Domingo ficará marcado, por mais um dia da Mãe.

Dia que já foi assinalado a 8 de Dezembro e a 13 de Maio.


Nuestros hemanos celebram este data no mesmo Domingo que nós, mas há variações noutros países.


Assim, no




Primeiro Domingo de Maio:


Portugal, Hungria, Espanha, Cabo Verde, Lituânia, África do Sul, e Suécia.


Segundo Domingo de Maio:


Austrália, Bélgica, Brasil, China, Japão, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Canadá, Áustria, Turquia, Suiça, EUA, Venezuela e Itália.



Último Domingo de Maio França e se coincidir com Pentecostes é transferido para o primeiro Domingo de Junho.


À minha Mãe expresso aqui aquele carinho de sempre, fugaz, rabujento, mas sempre presente e autêntico.



Deixo também um texto que me chegou por e-mail há já algum tempo e que hoje se aplica na perfeição àquelas que são filhas e são mães.





" Um dia, quando os vossos filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva uma mãe poderão dizer-lhes:


-Amei-vos o suficiente para ter insistido para que juntassem o vosso dinheiro e comprassem uma bicicleta, mesmo que eu tivesse possibilidades de a comprar.

- Amei-vos o suficiente para ter ficado em pé junto de vós, duas horas, enquanto limpavam o vosso quarto - trabalho que eu teria realizado em 15 minutos.

- Amei-vos o suficiente para vos obrigar a pagar a pastilha "que tiraram" da mercearia e dizer ao dono: eu roubei isto ontem e hoje queria pagar.

- Amei-vos o suficiente para ter ficado em silêncio, para vos deixar descobrir que o vosso novo amigo não era boa companhia.

- Amei-vos o suficiente para vos deixar assumir a responsabilidade das vossas acções, mesmo quando as penalizações eram tão duras que me partiam o coração

- Amei-vos o suficiente para vos ter perguntado: onde vão, com quem vão, e a que horas regressam a casa.

- Amei-vos o suficiente para vos deixar ver fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.

- Mas, acima de tudo, eu amei-vos o suficiente para vos dizer NÃO, mesmo quando sabia que me iriam odiar por isso.


Estou contente.

Venci, porque no final vocês também venceram.

E qualquer dia, quando os vossos filhos forem suficientemente crescidos para entenderem a lógica que motiva os pais, vocês irão dizer-lhes, quando eles vos perguntarem, se os vossos pais eram maus, que sim, que eram os piores pais do mundo, porque:

- Enquanto os outros miúdos comiam doces ao pequeno-almoço, nós tínhamos que comer cereais, tostas e ovos.

- Os outros miúdos bebiam pepsis ao almoço e comiam batatas fritas enquanto nós tínhamos que comer sopa, prato e fruta.

E, não vão acreditar!

-Os nossos pais obrigavam-nos a jantar sentados à mesa, o que era bem diferente dos outros pais.

- Os nossos pais insistiam em saber onde nós estávamos a todas as horas, era quase uma prisão.

Tinham que saber quem eram os nossos amigos, e o que fazíamos com eles.

- Insistiam em que lhes disséssemos, que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora, ou menos.

- Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles violaram uma data de leis do trabalho infantil: nós tínhamos que fazer as camas, lavar a loiça, aprender a cozinhar, aspirar o chão, engomar a nossa roupa, ir despejar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis.

Eu acho que eles nem dormiam, a pensar em mais coisas para nos mandar fazer.

- Eles insistiam connosco para lhes dizer a verdade, e apenas toda a verdade, sempre a verdade.

- Na altura da nossa adolescência, eles conseguiam ler os nossos pensamentos, o que tornava a vida mesmo chata.

- Os nossos pais não deixavam os nossos amigos buzinarem para nós descermos. Tinham que subir, bater à porta para eles os conhecerem.

- Enquanto toda a gente pedia para sair, com 12 ou 13 anos, nós tivemos que esperar pelos 16.

- Por causa dos nossos pais, nós perdemos experiências fundamentais da adolescência: nenhum de nós esteve alguma vez envolvido em actos de vandalismo, em roubos, violação de propriedade, nem foi preso por algum crime.

Foi tudo por culpa deles.

Agora que já saímos de casa, somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor, para sermos "maus pais" tal como os nossos pais o foram.

Este é um dos males do mundo de hoje:

Não há suficientes maus pais. "


fonte: autor desconhecido)



E você?


Acha-se uma mãe galinha ou uma mãe baldas?


Faça o teste aqui.




Eu que não sou muito de "poemas" não posso deixar passar este dia da Mãe sem reproduzir um dos meus favoritos, o "Poema à Mãe".


Para reler vezes sem conta.



"Poema à mãe"

- Eugénio de Andrade.

No mais fundo de ti
Eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

Ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio do laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

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