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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Comportamentos sexuais e Infecção HIV - Sida em Portugal

O inquérito sobre os ‘Comportamentos Sexuais e a infecção HIV/Sida em Portugal’ resulta de um pedido da Coordenação Nacional para a Infecção VIH/Sida e foi desenvolvido entre 2007 e 2008.

Há acentuadas diferenças de género com os homens sempre na dianteira. Por exemplo, logo na idade de iniciação sexual,

os homens têm a primeira relação aos 17 anos e

as mulheres aos 19.

Da mesma forma, o número de parceiros sexuais declarados pelos homens é bem mais expressivo do que os declarados pelas mulheres:

59,1% dos homens garantem ter tido quatro ou mais parceiros ao longo da vida, 55,7% das mulheres afirmaram ter tido apenas um.

No total do universo feminino e masculino, mais de 60% dos portugueses revela que está satisfeito com a sua vida sexual, retirando sempre ou quase sempre prazer das suas relações.

É possível encontrar percentagens mais significativas de homens cujos parceiros foram relações ocasionais:

15,7% e 21,8% dos homens referem que o último e o penúltimo parceiro, respectivamente, foram ocasionais, contra

4,5% e 5,9% das mulheres.


Em matéria de infidelidade conjugal, cerca da 12% da população inquirida a viver em casal refere ter tido outros parceiros sexuais nos últimos cinco anos, prática declarada por

16,9% dos homens e somente

7,1% das mulheres.

Em relação às práticas sexuais protegidas, mais de metade dos portugueses – 59,2% - admite que não usou o preservativo na primeira relação com o parceiro mais recente.


A maioria dos portugueses (73,2%) admite, contudo, que já o usou no passado.

Entre os menos escolarizados (com o primeiro ciclo do Ensino Básico) encontra-se mesmo uma percentagem significativa (52,1%), que confessa nunca ter utilizado o preservativo nas suas relações sexuais.




Refira-se que o escalão etário com a percentagem mais expressiva nesta resposta é o que se refere ao intervalo dos 25 aos 34 anos:


86,6% garante que usa ou já usou preservativo.

No que se refere aos indivíduos que mantêm relações ocasionais,


6,5% admite que não usou preservativo nas relações com o último ou penúltimo parceiro, mas enquanto esta ausência de prevenção abrange cerca de


10% dos homens, apenas se aplica a


2,7% das mulheres.

As infecções ou as doenças transmitidas através das relações sexuais parecem não preocupar muito os portugueses, já que 38,2% dos inquiridos confessam não ter nenhum receio a este nível, sendo os indivíduos casados (48,7%) e os com idades compreendidas entre os 55 e os 65 anos que se mostram mais despreocupados (61,3%).




Mais de metade dos portugueses – 55,2% – revela também que nunca tirou uma amostra de sangue para fazer o teste para o VIH.

Nas práticas e as identidades sexuais na homossexualidade e bissexualidade os homens portugueses mostram que têm dificuldade em aceitar diferentes orientações sexuais.


58, 8% considera que uma relação sexual entre dois homens é algo totalmente errado e


53,8% considera o mesmo no caso de se tratar de duas mulheres.




As mulheres portuguesas também não aceitam a homosexualidade nem a bisexualidade: para


39,2% acha que uma relação sexual entre homens é algo errado,


40%, diz que o relacionamento sexual entre mulheres também não esta certo.

Quando questionados sobre a sua orientação sexual,




87,7 % dos inquiridos assumiu-se heterossexual,




1,5 % bissexual e




0,7 % homossexual.




2,9% dos portugueses admitiu ter tido pelo menos uma experiência sexual com uma pessoa do mesmo sexo e




5,1% admitiu ter tido contacto sem envolver a área genital.




Sobre o comportamento face ao risco de contágio das doenças sexualmente transmissíveis, quase metade


46,6% dos homens que mantêm relações com pessoas do mesmo sexo usam o preservativo.




No caso das mulheres, a percentagem eleva-se para 59,2% sendo que 62,5% das inquiridas recusa-se mesmo a ter relações sexuais ocasionais ou passageiras.

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