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segunda-feira, 21 de abril de 2008

Judicializar os afectos. Esmeralda e os seus 5 "pais"


O Tribunal de Torres Novas adia por 90 dias a entrega de Esmeralda Porto, de seis anos, ao pai biológico, Baltazar Nunes.



A menina que está à guarda de Luís Gomes e Adelina Lagarto desde os três meses, deveria ter sido entregue ao pai biológico, que vive na Sertã, no passado Sábado.
No despacho divulgado hoje, a juíza do processo, Sílvia Pires, adiou a entrega da criança por mais 90 dias, mas intensificou os contactos semanais com os pais para facilitar a sua integração.
"Neste momento não estão reunidas as condições que permitam esperar que a integração da menor no seio da família paterna ocorrerá sem custos demasiado elevados para a saúde e equilíbrio psíquico da menor", refere o despacho.

Durante as próximas duas semanas, o casal que tem a sua guarda vai continuar a levar a menor uma vez por semana a casa dos pais, Aidida Porto e Baltazar Nunes.

Depois, caberá aos pais ir buscar a menor uma vez por semana ao infantário de Torres Novas e entregá-la depois de jantar, podendo ainda passar os sábados com a criança, em semanas alternadas.

Para que estes contactos tenham sucesso, "é necessário um maior empenhamento dos intervenientes" pelo que o "o tribunal aguarda com expectativa que o casal concretize em actos as suas intenções como já o fizeram na visita de 11 de Abril, que decorreu num ambiente securizante e gratificante para a menor".

O casal Adelina Lagarto e Luís Gomes, os pais e as técnicas de Reinserção Social que fazem o acompanhamento da menor são exortadas a incentivar a menor a "ficar no local da visita", cumprindo as ordens do tribunal.

Além disso, o tribunal indicou o departamento de pedo-psiquiatria do hospital de Santarém para acompanhar a situação da menor, substituindo os médicos do Centro Hospitalar de Coimbra (CHS).

A defesa de Baltazar Nunes já anunciou que iria accionar os clínicos criminalmente depois do último relatório, pelo que se gerou uma situação de "desconforto".

Com quem deve esta criança ficar?
Com o "pai" e a "mãe" que conhece desde os 3 meses de idade e que genéticamente não lhe dizem nada, mas afectivamente são tudo o que Esmeralda tem; ou com o "pai" e a companheira deste, que tem o mesmo sangue e que desconhece por completo?
Eis o X da questão...
Participe.

Xana.

2 comentários:

Anónimo disse...

excelente programa.óptimos comentarios.o blog tem muita qualidade.

Anónimo disse...

parabens pelo programa!