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quinta-feira, 13 de março de 2008

Revoltas, Raivas e Agressividade.

A raiva é, tal como a inveja, a mais destrutiva das emoções.
Geralmente surge quando algo que se considera correcto e justo nos é negado, somos gozados ou negligenciados.
A frustração desperta a agressividade e evolui até a raiva / ira / fúria.

A agressividade é, contudo, uma ferramenta de sobrevivência que serve para defender o nosso território, o nosso ponto de vista, além de ajudar a reforçar e manter os limites inter pessoais, a nível profissional e social.
Uma dose de agressividade serve para enfrentar dificuldades e defender os nossos interesses.
Sem agressividade seríamos apáticos.

Quando passamos os limites surgem as expressões "pavio curto" ou "ferver em pouca água".


Quando a agressividade e raiva passam da medida é quando se entra em estado de ira, fúria profunda, por um motivo que merecia ser apenas um simples aborrecimento, isto é, as explosões são inadequadas.
Começam os berros e quase sufocamos de raiva. Ficamos furiosos!!!

Depois de explodir, e frontalmente dizer tudo o que há a dizer, pronto…Ficamos aliviados, satisfeitos...


A Raiva Contida.
Não posso deixar de mencionar aquelas pessoas têm aquilo a que eu chamo umas “raivas mansas”
Aquelas que sob a raiva ficam sarcásticas, amargas, irónicas.


De acordo com especialistas 90% do que se passa por ser “humor” é, na verdade, uma raiva contida e persistente.
Neste caso - e aqui uma questão de estilo do raivoso - a raiva é disfarçada por comentários supostamente humorados, “alfinetadas”, “picadas” esporádicas, opiniões impiedosas, tons irónicos, hipocrisia, subtileza no discurso “diplomático”.

Uma atitude nada recomendada!
Disfarçar ou engolir a raiva é pior.

E não subestime a raiva sobretudo a raiva”mansa”, a raiva contida.
Esta é a mais devastadora de todas as emoções.


É intensa, é como se fosse a base de um vulcão, algo em ebulição que consome muita energia.
Raiva em excesso gera processos depressivos e auto destrutivos.
Não só para o próprio raivoso, mas também para quem convive com ele.
Pessoas que não conseguem lidar com a raiva têm 65% mais probabilidades de ter problemas cardíacos.

Então o que fazer com este sentimento que é comum a todos nós?

Primeiro, utilize a sinceridade, a frontalidade.

Frontalmente diga que se sente indignado e explique os seus motivos.
Exponha as suas razões e escute a opinião do outro.
É uma forma de aliviar além de que a outra pessoa fica já a saber quais são os seus limites.
Sim, pois haverá motivos de agressividade ou raiva incuráveis e as pessoas à sua volta precisam de saber que sobre este, ou aquele assunto, a sua tolerância é zero!

Estabeleça quais são os seus limites.

Outra forma de minimizar uma raiva frequente é rever os seus conceitos.
Por que motivo "isto" tem de necessariamente fazer-lhe tanto mal?
Segundo os especialistas, a raiva pode ser fruto de padrões ou expectativas pouco realistas em relação às outras pessoas e se este for o caso, cabe o exercício da tolerância e da flexibilidade.

A raiva é muito comum nos conflitos de trabalho.
Raiva do chefe, de um funcionário, de um colega por exemplo.
O subordinado acha que não tem o reconhecimento pelo seu trabalho, que nunca recebe uma palavra positiva.
Este quadro é muito perigoso e não pode ser alimentado.

Para controlar a raiva é fundamental expor o que se sente, conversar com o chefe ou empregado e dizer o que realmente pensa.

Saber, conscientemente, como e que tipo de crítica se está a fazer.

Saber que as críticas devem ser construtivas.


Mas se o seu chefe for intratável ou você simplesmente não o suporta, tem ainda duas soluções:

1- A raiva faz mal ao corpo e à mente; por isso a actividade física é uma excelente válvula de escape.


2- A médio prazo procure outro emprego.


Resumindo: Não cultive a raiva. Faz-lhe mal em primeiro lugar a si e, depois, também aos outros.


Xana Abreu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Sempre que posso não deixo de ouvir este maravilhoso programa. Parabéns às duas, são excelentes comunicadoras.
A Dra Lara dá consultas em que consultório?