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terça-feira, 4 de março de 2008

Educação Sexual. Em casa? Na escola?



A educação sexual nas escolas não substitui o papel nem a responsabilidade da família.
A responsabilidade da educação sexual é dos pais tendo a escola um papel igualmente importante.



Os pais, a família, os professores, os amigos são os pontos de referência na vida das crianças.
São eles os modelos cujos valores, atitudes e comportamentos, conscientes ou inconscientes são copiados; são as suas referências.
A formação de professores, auxiliares educativos, de encarregados de educação, família e da sociedade em geral torna-se imprescindível.

“É de pequenino que se torce o pepino”, já diz o ditado, por isso esta urgente necessidade de começar a intervir, cada vez mais cedo na educação sexual das crianças para que estas cresçam vivendo a sua sexualidade de uma forma saudável e esclarecida; e possam tornar-se adolescentes, jovens e adultos capazes de compreender, aceitar e comunicar a sexualidade tal qual ela é, ou seja, natural.
Naturalmente sem preconceitos, sem tabus.

E eu pergunto-me:
Porque é que os jovens reivindicam a “Educação Sexual” obrigatória nas escolas?
Deve haver uma disciplina específica de educação sexual nas escolas?
No 1º, 2º, 3º Ciclo?
Qual o professor?
Aumentando a carga horária ou enxertando num livro de uma qualquer disciplina?

Não seria mais importante existir um sexólogo ou psicólogo permanentemente na escola a trabalhar em articulação com professores, auxiliares, alunos e encarregados de educação?
Não seria mais fácil, rápido e eficaz que pela observação diária e permanente dos alunos se fizesse a identificação (qualificada por profissionais) dos comportamentos ou dúvidas dos alunos, numa abordagem directa e esclarecedora?
Sem constrangimentos, sem pressões, sem “matéria a dar”, sem sobrecarga horária?
Sem salas de aula, salas de professores, de conselhos directivos, direcções de turmas, gabinetes disto e daquilo...


Sexualidade é, no diccionário, “o conjunto de todas as condições anatómicas e fisiológicas que caracterizam cada um dos sexos.

Para esclarecer, prestar apoio e dar educação sexual a crianças e jovens é preciso estabelecer empatia, dialogar e saber identificar dúvidas e os “porquês” de certas dúvidas ou comportamentos. Sem nunca esquecer o que o dicionário não menciona; as condições estruturais individuais e sobretudo as emocionais.
Ou estarei errada?


Xana.



2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde,

parabéns pelo vosso programa e passando ao tema quero deixar aqui o meu apelo que a educação sexual tem de deixar de ser TABU. Como vocês disseram e bem tem que começar em casa sim, mas também a escola têm de abordar este tema de forma ainda mais educacional. Isto porque, apesar da educação deve começar em casa a escola tem um papel importante, porque maior parte dos nossos filhos, por vezes têm medo ou mesmo vergonha de falar sobre sexo com os próprios pais.

Xana Abreu disse...

Tem toda a razão! Por isso achamos muito importante falar NATURALMENTE destes e outros assuntos no programa.Obrigada.Xana.