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sexta-feira, 28 de março de 2008

Acordo ou Desacordo Ortográfico.

Olá.

No programa de hoje vamos falar do Acordo ou Desacordo Ortográfico.

Alguns ouvintes poderão perguntar-se “Como é que estas raparigas preparam um programa de rádio?”
Ora bem.
Hoje decidi mostrar aqui no blog o meu modus operandis ( hehehe… Não é só A Diana que sabe Latim, eu também dou uns toques….)
E então, mostro-vos que quando se fazem as coisas por gosto, as ideias flúem magicamente criando-se, quase, uma telepatia.
Passo a ler na rádio o que escrevi ontem nos mails que enviei à Lara, nossa spicóloga de serviço e à Diana, minha amiga, actualmente professora universitária, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Portugueses, com Mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea e Doutoranda na área das Tecnologias da Informação e da Comunicação.
Portanto, e resumindo, ela sabe o que diz…

Pronto, agora sim, vamos aos mails.
Este foi o que eu escrevi e reza assim:

Para escrever corretamente (sem c), segundo o acordo ortográfico, teremos de habituar-nos a escrever de outra maneira.

Assim, pensámos (agora pode ser com ou sem acento) abordar este fenômeno (também pode ser escrito com hífen) no "X da Questão" desta sexta-feira (não percebi lá muito bem se o tracinho fica ou sai....por isso fica à moda antiga.), 28 de março (com m minúsculo).

Hão de (sem hífen) chamar-nos loucas porque vamo-nos rir à brava, contudo será um ato (sem c) acadêmico (e com chapéuzinho), dar a conhecer aos nossos ouvintes algumas das mudanças na nossa, já saudosa língua portuguesa.

Tantos adjetivos (sem c) poderia eu aqui usar, mas parece-me desnecessário, pois já devem ter percebido que ainda tenho uma relação afetiva (mas sem c) com a ortografia de Camões;
E nalgumas palavras sou, e assumo publicamente, peremptória com mpt !
(e nunca “perentória” que nem sei, assim escrito, o que é)

Nunca hei de (sem traço) escreve-las com a exatidão( sem c) como que diz o raio do acordo…
Para mim um facto é com “c”, porque sem “c” é fato e pode ser de gravata ou macaco!!!
Recuso-me a adotá-las (sem p) e pronto!!!!!


Sinto já pena dos professores,
Que muitas pestanas irão queimar
E a fatura da eletricidade (ambas sem c) pagar,
Por causa das longas noites
Nas quais o acordo terão de estudar,
Antes, durante e depois,
Do ano letivo (sem c) começar.

Ó mal parido período noturno (sem c)
Todos leem e releem (sem circunflexos).
Lês tu e leio eu.
Quando poderíamos (sem h) umedecer
Nossos corpos em nosso leito.


Rimei!
Sou quase poeta…


Mas poeta não hei de ser (sem traço),
Sou rapariga de palavras simples e diretas.
E não me parece correto (tudo isto sem c) criarmos mais um “dialeto.”

A cultura é de todos nós sem exceção, (e sem p), é certo!
Havemos de mandar para a amozônia (com chapéu)
Essas “personalidades” ditas muito “cultas”,
E que, mais não são do que chicos espertos.

Alba que triste povo cantava na aurora
Como fogo que ardia sem se ver.
Batizados de poetas sem o primeiro p
Foram cardos, foram prosas,
São atores, são atrizes ambos sem c…
Estão aqui, estão ali. Estão em todas!
Cantam bem mas não me alegram
Ó Lastimosa cultura ,
Saltitando entre a sanita e o bidê.


Xana Abreu Espanca.
Todos os direitos reservados.
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Mail de resposta cerca das 3 da manhã:


Aqui vai um conjuntinho de opiniões (cada um tem a sua...) que nos ajudará na conversa solta de hoje à tarde... (com as fontes certinhas para darmos o seu a seu dono... e não fazermos entrar palavras de uns em bocas alheias...).
Deste assunto falam ministros, Assembleias, Sociedades de Autores, Escritores e Especialistas.

E nós falaremos como falantes, não é?
(como quem sabe que a língua é uma espécie de roupa interior que nos veste, nos molda e nos diz, tão democrática e igual,

Para o analfabeto - que não escreve mas fala -

E para o deputado - que nos representa numa Assembleia, como às vezes se ouve muito bem no canal parlamento... -

Ou do informático - que usa a lingua, às vezes com a palavra inglesa bug à mistura, na 'óptica do utilizador' -,

Ao economista que faz budgets (que é como quem diz “orçamentos” de uma maneira fina só para parecer mais profissional e técnico e credibilizar-se para acreditarem nele mesmo que as contas estejam desacertadas..... e que é uma palavra em língua inglesa que vem lá escrita e explicada no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea feito pela Academia das Ciências de Lisboa (ora, eles é que sabem...)

Uma língua que é de todos e também da doméstica, que limpa a tampa do tacho sem saber que esta palavra é filha do latim (para os romanos era 'testu' e nessa língua - morta? - significa "tampa para vasilhas" em sentido próprio e, hoje (em qualquer tempo) também pode ser - em sentido popular - "cabeça, mioleira".

Bom, estas são notas como ponto de partida... para a conversa se soltar a seguir...

Para além destes levo também exemplos como 'bué', 'fixe', 'trip', 'bufar' e 'bufa', para além daquele de que a Xana falou ontem... (todos do Dicionário da Academia, claro - porque eu sou uma menina muito aprendiz da língua e não sei muitas palavras...)

A explicação de cada um dos exemplos e dos “desacordos” será assim como quem vai à padaria (eu sinto que cada palavra ou acento é um bem de primeira necessidade, como o pão ou o leite...)

bjs,
Até logo,
Diana
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Mais polémica e opiniões aqui.
Leia aqui a proposta do Governo aprovada em Conselho de Ministros.
Mas em termos práticos, o que muda com a ratificação do Acordo Ortográfico?

- A unificação da ortografia implica que 1.6 por cento do vocabulário português tem de ser modificado. No vocabulário brasileiro haverá 0.45 por cento de alterações. Isto é o que diz o Acordo, mas, na prática, a percentagem é muito maior na língua portuguesa, tanto mais que as palavras em causa são frequentemente usadas. a dupla grafia pode atenuar as «alterações».

- O alfabeto passa a ter 26 letras com a inclusão do «K», o «Y» e o «W»;

- apesar das mudanças a nível de ortografia, as pronúncias próprias de cada país continuam iguais.

- Exemplos de palavras que vão ter dupla grafia devido à diferença de pronúncia entre Portugal e Brasil: académico/acadêmico, amazónia/amazônia, anatómico/anatômico, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, cénico/cênico, cómodo/cômodo, efémero/efêmero, fenómeno/fenômeno, gémeo/gêmeo, género/gênero, génio/gênio, ténue/tênue, tónico/tônico e também bebé/bebê, bidé/bidê, canapé/canapê, caraté/caratê, cocó/cocô, croché/crochê, guiché/guichê, judo/judô, matiné/matinê, metro/metrô, puré/purê.

- Exemplos práticos de alterações na grafia: cai o «h» como em «húmido» e fica úmido, desaparecem o «c» e o «p» nas palavras onde não se lêem (são mudos), como acção, acto, baptismo ou óptimo.

- Mais exemplos de consoantes que desaparecem com o novo acordo: acionar, adjetival, adjetivo, adoção, adotar, afetivo, apocalítico, ativo, ator, atual, atualidade, batizar, coleção, coletivo, contração, correção, correto, dialetal, direção, direta, diretor, Egito, eletricidade, exatidão, exato, exceção, excecionalmente, exceções, fator, fatura, fração, hidroelétrico, inspetor, letivo, noturno, objeção, objeto, ótimo, projeto, respetiva, respetivamente, tatear.

- Nas sequências «mpc», «mpç» e «mpt», se o «p» for eliminado, o «m» passa a «n», como assunção e perentório.

- As terminações verbais «êem» deixam de ser acentuadas em Portugal e no Brasil (exemplos: creem, deem, leem, veem, incluindo os verbos com as mesmas terminações: descreem, releem, reveem, etc).

- Deixa de ter acento diferencial a forma verbal de «para».

- O acento diferencial para distinguir o passado do presente passa a ser facultativo.

- As formas monossilábicas do verbo haver perdem o hífen. Exemplos: «hei de», «hás de», «há de», «hão de». A palavra «fim-de-semana» também fica sem hífen.

- O hífen cai também em palavras compostas (em que se perdeu a noção de composição), que passam a ser escritas assim: mandachuva, paraquedas e paraquedista.

- Ainda em relação ao hífen: fusões de palavras quando há duplicação do «s» ou do «r», como antirreligioso, antissemita, contrarregra, contrassenha, extrarregular, infrassom.

- O novo acordo recomenda também que se generalize a fusão quando a terminação é uma vogal e o segundo elemento começa com vogal diferente: extraescolar, autoestrada.

- Meses e estações do ano passam a escrever-se com letra minúscula.
- No vocabulário brasileiro desaparece o acento circunflexo em palavras como abençôo, vôo, crêr, lêr e outras.
Desaparece também também o trema em palavras como lingüíça, freqüencia ou qüinqüénio, assim como o acento agudo nos ditongos abertos como por exemplo assembléia ou idéia.
- Os defensores do acordo fazem questão de sublinhar que não elimina em nenhuma palavra qualquer letra que se leia numa pronúncia culta da língua, não estabelece regras de sintaxe, não interfere com a coexistência ou com as regras de normas linguísticas regionais, tem a ver somente com a maneira de escrever as palavras!
Com o Acordo Ortográfico, a grafia das palavras passa a ser regulamentada nos países de língua portuguesa.
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Outro mail:

futuo
Contents [hide]
1 Latin
1.1 Verb
1.1.1 Usage notes
1.1.2 Inflection
1.2 Related terms
1.3 Descendants

[edit]Latin

[edit]Verb
present active futuō, present infinitive futuere, perfect active futuī, supine futūtum.
I fuck
Martial, Epigrammata, 11:10
"Aut futue, aut pugnemus" ait.
"Either fuck me or let's fight" she says.
Futue te ipsum et caballum tuum (Screw you and the horse you rode in on) — Henry Beard, Latin for All Occassions (1990), ISBN 0394586603

[edit]Usage notes
Futuō is used in the sense of penetrating, not of being penetrated.

[edit]Inflection
Third conjugation (3).
Third Conjugation[show ▼]

[edit]Related terms
have sexual intercourse[show ▼]

[edit]Descendants
Aromanian: fut
Catalan: fotre
French: foutre
Galician: foder
Italian: fottere, strafottente
Portuguese: foder
Romanian: a fute
Spanish: joder

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Deste último mail não falaremos na rádio, mas deixamos aqui para consulta.
Somos , sim senhor, umas marotas mas não perdemos a compostura...
Estudei português, um pouco de latim e cursei 6 anos de italiano.
Diz a Diana que o Pai é o Latim.
O filho é italiano e que este tem um irmão que é português.
A mãe?
É grega...
Assim, lendo muito e até muuuuuito tarde se fazem os programas X da Questão.
Xana.

9 comentários:

escrevo.eu.mesmo disse...

Gostei muito do programa "Acordo ou Desacordo Ortográfico". Eu, pessoalmente, estou em desacordo. Contudo, a língua é um organismo vivo e é, sobretudo, através dos erros que esta evolui. Não quero com isto afirmar que o acordo ortográfico é um erro, mas certamente esta “promessa” levará alguns anos até que seja proferida intimamente, na língua, pelos lábios de cada falante. Gosto de relembrar, como metaforicamente tão bem aludiu a Mestre Diana Pimentel, a mãe grega e o pai latino. E, porque destas duas línguas mortas se falou, gostava de acrescentar que o "h" mudo na palavra "húmido" tem uma justificação muito erudita: no grego clássico todas as palavras que começavam com uma vogal ou um ditongo eram marcadas com um sinal diacrítico chamado "espírito", existindo duas espécies de espírito - espírito fraco e espírito forte. Os vocábulos portugueses com étimo grego iniciados por uma vogal ou ditongo, que originalmente tinham um espírito fraco, mantinham de alguma forma a grafia inicial (a título de exemplo “εγώ” [egú], porque tinha um espírito fraco, em português, manteve quase literalmente a grafia original: “ego”); relativamente ao adjectivo húmido (do grego Ύγρός, ύγρά, ύγρόν [ugrós, ugrá, ugron], tendo sido sujeito a algumas evoluções fonéticas na língua, porque tinha um espírito forte, em português, passou a escrever-se com “h”). Relativamente à grafia, actualmente em desuso, da palavra “pharmácia” (do grego, φάρμάκείά, φάρμάκείάς [farmaquéia, farmaquéias]), também existe uma explicação: a palavra em grego era grafada com um “φ” [fi] que equivale à pronúncia “ph”, que evoluiu naturalmente para “f”.

Obrigada pelo “x” da Questão!

Xana Abreu disse...

Olá Carla.Vejo que é perita na matéria, o que muito me agrada,dado que conseguimos prender ao X da Questão mais uma ouvinte, falante "especialista" na arte de comunicar.Obrigada pela justificação erudita, contributo muito valioso para o blog.
Conto sempre consigo aqui e no programa.E deixo-lhe tanbém uma "pulga atrás da orelha": vamos fazer da língua portuguesa a mais traiçoeira de todas...

Anónimo disse...

Programa excelente pela iniciativa da responsável do mesmo e da qualidade da convidada.Estou em desacordo com o acordo porque só o nosso português é que cede perante as outras formas de o falar e escrever.Mãe grega e pai latino não podem gerar filho "mocinho".

Xana Abreu disse...

Fantástico Anónimo!!!
Estou completamente de acordo com o seu desacordo com o acordo ortográfico!!!
Soltei uma longa e sonora gargalhada com o seu comentário.Obrigada!
O "mocinho" tem outro papai e outra mamãe.
Mas, não são os brasileiros que têm sempre um vovó que era português?!
Obrigada mais uma vez!
Espero vê-lo por aqui mais vezes.

Anónimo disse...

Parabéns pelo programa! Um outro assunto que de algum modo parece estar relacionado com o tema que ontem abordou é a aplicação da TLEBS, o acrónimo para a Nova Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário. Esta actualização dos termos gramaticais foi obrigatória até 18 de Abril de dois mil e sete, para os quintos e sétimos anos, deixando de o ser a meio do ano lectivo. Neste momento, existe uma nova proposta on-line, em http://tlebs.dgidc.min-edu.pt/(que julgo não ser ainda oficial). Os professores de português têm com muito esforço e dedicação actualizado os seus conhecimentos, mas os linguistas têm alguma dificuldade em chegar a um acordo que seja claro para todos. Relativamente aos pais, os termos linguísticos aprendidos na escola, tornaram-se obsoletos e a ajuda que podemos efectivamente dar é quase nenhuma. De alguma forma, a constante reformulação de termos torna a aprendizagem cada vez mais instável. No secundário, como desde dois mil e dois a TLEBS faz parte integral do programa da disciplina, a minha preocupação vai no sentido de não saber exactamente que conteúdos linguísticos serão testados no exame final ou como serão avaliados (visto que alguns professores preferiram não abordar estes conteúdos até que sejam claramente definidos).

Cordialmente,
um pai atento

Anónimo disse...

Parabéns pelo programa.
Sem querer de forma alguma usar um registo informal, mas literário, resolvi transcrever um excerto de Armando Nascimento Rosa, professor nas áreas da Teoria e Estética, Dramaturgia e Escrita Teatral na Escola Superior de Teatro e Cinema no Instituto Politécnico de Lisboa, que define a língua, fala e gramática de uma forma um pouco ousada:

“As palavras pedem-nos colo como uma criança perdida na praia, pedem-nos lume como um arrumador de carros escanzelado, oferecem o corpo aos nossos pensamentos pra que eles conheçam a dor e o delírio, os orgasmos da verdade ilusória. As palavras são o sexo do espírito.
(Espiritualmente.) A fala é o falo mental; enquanto a língua é a vulva inteligente. A fala é um disfarce psíquico do falo e introduz-se na língua natural, depois entra e sai dela, entra e sai dela, de forma a que os vocábulos andem bem lubrificados, túrgidos de sentido graças à língua-mãe que é também língua amante. Só assim é que o verbo pode deitar cá pra fora o sémen da semântica, que é a cópia falsificada do esperma de Deus. A gramática, como vêem, é uma pornografia pura, só pensa na cópula. E a linguística é uma obcecada com o sexo a três: adora observar o significante debaixo do significado com o signo no meio a fazer de sanduíche. (Ri-se.)”

In ROSA, Armando Nascimento – Audição com Daisy ao vivo no Odre Marítimo, Évora, Casa do Sul Editora, [D.L. 2002], pp. 23-24.

Anónimo disse...

Liberdades & "utopias pessoais"
Para (des)ajudar a pensar sobre o X da questão e a contrariar as opiniões de cada um (como quem pensa do avesso, concordando contrariado...):

"Este é bem capaz de ser o primeiro post escrito em conformidade com o novo acordo ortográfico, que o novo Ministro da Cultura decidiu recentemente apoiar. Nada de surpreendente: se a ideia era "fazer mais com menos", porque não começar por deitar fora algumas letras que não servem para grande coisa?
Em apenas dois parágrafos temos "contrafação", "ótimo", "ator", "abstração", "atores". A sensação é estranha (e não duvido de que um dia se entranhe). Eis um texto com a sintaxe e semântica do português europeu cuja leitura é sobressaltada de vez em quando por uma gralha que não existe. São as mesmas palavras mas não bem as mesmas. Como as notas falsas de que o filme comentado trata? Seria demasiado fácil. Não, antes como nos filmes os mortos-vivos ou extraterrestres que andam no meio das pessoas normais e só se distinguem por um pequeno pormenor: não sangram, ou têm os olhos vermelhos, ou pele a mais atrás das orelhas... (...) O engraçado é que o Ivan Nunes escreve "fato" em vez de "facto", embora a maior parte (?) dos falantes de português europeu pronuncie o c (como em "espectadores", que se escreve assim tanto cá como no Brasil). Trata-se portanto de uma palavra que em princípio ficaria na mesma, e este "em princípio" é um dos problemas deste acordo: para se fazer a revisão de um texto vai ser preciso perguntar ao autor como é que ele pronuncia determinadas palavras. A menos que o Ivan esteja a seguir a norma brasileira, onde "facto" se escreve e continuará a escrever "fato"... mas não, mais abaixo está "oxigénio" e não "oxigênio". Enfim, como às vezes me calha corrigir textos alheios, já sei que vai sobrar para mim."
Francisco Frazão, no blog http://usinesombre.blogspot.com/2008/03/voil.html.

o "Ivan" referido do 'post'´pode ser lido 'assim', aqui:
"A selva
Não conheço em pormenor as disposições do acordo ortográfico, de modo que o meu texto, mais do que seguir uma norma, faz uma apropriação um tanto selvagem daquilo que me interessa. A minha brasilofilia é conhecida, e há tempo que eu deixei de usar «p» em ótimo, e retiro com gosto o «c» em fato. A minha mistura de português de Portugal com português do Brasil não é mais que uma pequena utopia pessoal. Mas simpatizo com o acordo: não, como diz o ministro, porque possamos passar a ter «uma língua unificada» (vocês dêem um desconto), mas na medida em que ele adapte algumas coisas que está na hora de serem adaptadas.
Ah: e eu não duvido por um segundo da superioridade do português do Brasil." (em http://ex-ivan-nunes.blogspot.com/)

Anónimo disse...

será que a temática relativa ao acordo ortográfico é a mais comentada do blog por vivermos na parcela do território portugês com a maior taxa de analfabetismo ou,pelo contrário é uma evidente manifestação que somos mesmo um povo superior??????

Anónimo disse...

Thanks :)
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