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segunda-feira, 31 de março de 2008

Madeira, segunda região do país com mais mortes por AVC

Hoje 31 de Março, assinala-se o Dia Nacional do Doente com AVC.


Se as pessoas soubessem identificar bem os sinais e chegassem ao hospital mais cedo, estes números dramáticos seriam mais reduzidos.
Prevenir, identificar e agir. São as palavras de oedem quando se fala de AVC.
É que se tivermos bons hábitos, soubermos identificar os sinais do AVC e ´formos logo para o hospital reduziríamos, e muito, os números e as consequências...


A Madeira é a segunda região do país que apresenta a maior taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC), situação que é preocupante atendendo à dimensão do arquipélago.




Em Portugal esta doença é responsável pelo internamento de mais de 25 mil doentes por ano e por causar um elevado grau de incapacidade, uma vez que 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com sequelas, por vezes graves limitações nas actividades da vida diária.

Este Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral foi estabelecido, em 2003, para sensibilizar a sociedade para a prevenção.

Em Portugal o AVC tem uma dimensão alarmante.

Em cada hora morrem 2 portugueses, uma das taxas mais elevadas na Europa.

Depois dos Açores, a Madeira é a Região do país que apresenta a mais elevada taxa de mortalidade por AVC.

O AVC sucede quando uma porção do cérebro deixa de ser alimentado normalmente, através do fornecimento de sangue, acontecendo, geralmente, de um modo repentino.

O primeiro tipo e o mais comum é o AVC isquémico, derivado à falta de irrigação sanguínea num determinado território cerebral, causando morte de tecido cerebral.

O AVC hemorrágico é o menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que afecta determinada função cerebral.

O AVC poderá manifestar-se de diversas formas, dependendo da zona do cérebro afectada.
Porém, os três principais sintomas desta doença são:

-a perda de força de um dos lados do corpo (hemiplegia);

-o desvio da parte inferior de uma metade da face, denominada boca ao lado;

-e a dificuldade da vítima se expressar correctamente, nomeadamente querer dizer o nome de pessoas ou de coisas e não lhe sair a palavra.



Outros sinais que também precedem a um derrame poderão ser:

-uma dor de cabeça intensa e súbita sem causa aparente,

-alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigueiro na face, braço ou perna de um lado do corpo,

-perda súbita de visão em um olho ou nos dois,

-instabilidade,

-vertigem súbita e intensa e

-desequilíbrio associado a náuseas ou vómitos.

Uma vez reconhecido o AVC, através dos sinais atrás mencionados, o doente deverá, o mais breve possível, ser encaminhado para o hospital, para que dentro das primeiras três horas após o aparecimento do AVC seja possível administrar a medicação adequada, a qual demonstrou ser eficaz para diminuir a mortalidade e reduzir a incapacidade das vítimas.

Registe-se que, a Declaração de Helsinborg de 2006 estabeleceu metas a alcançar em 2015, a nível Europeu, no que respeita aos diversos aspectos da abordagem do AVC.

Trata-se de um excelente e completo documento contendo recomendações para a promoção da educação sobre o AVC, designadamente ao público em geral, doentes de AVC, familiares de doentes, profissionais de saúde e ainda decisores políticos, salientando que há evidência de que esta educação contribui para a prevenção do AVC, diminuição de incidência de AVC e redução da demora entre o início do AVC e a prestação de cuidados de fase aguda.

Factores de risco do AVC

Os cinco principais factores que contribuem para o aparecimento do AVC são:

hipertensão,

tabagismo,

sedentarismo,

obesidade,

stress.


Para além destes factores de risco, há ainda a considerar, a idade, o colesterol elevado, a diabetes e o abuso de bebidas alcoólicas.


Dado que a hipertensão arterialé o principal factor de risco do AVC, vai ser efectuado na Região um estudo sobre esta matéria.

O Dr. Almada Cardoso, presidente da Delegação da Madeira da Fundação Portuguesa de Cardiologia, chama a atenção que para prevenir o AVC é essencial ter um estilo de vida saudável, através do exercício físico regular e de uma alimentação equilibrada, pobre em sal, açucares e gorduras saturadas, bem como manter o peso adequado, consumir álcool apenas de forma ligeira e evitar o tabaco.

Almada Cardoso alerta, ainda, que a pessoa deverá procurar o seu médico de família para vigiar e controlar regularmente a diabetes, o colesterol, o ritmo cardíaco e como não poderia deixar de ser a tensão arterial. "As pessoas devem ter a sua tensão arterial o mais baixa possível. Se já tiverem tensão alta têm de tomar medicação, ira um médico ou a um centro de saúde para controlar a tensão".

Este ano será feito um estudo da prevalência da pressão arterial para avaliar o número de hipertensos na Madeira e sabermos se a nossa percetagem é como a do resto do país, ou seja, acima dos 40%.




E mais uma vez reforço a ideia de que temos de saber viver o melhor possível.
Boa semana.
Xana.

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