Se as pessoas soubessem identificar bem os sinais e chegassem ao hospital mais cedo, estes números dramáticos seriam mais reduzidos.
Prevenir, identificar e agir. São as palavras de oedem quando se fala de AVC.
É que se tivermos bons hábitos, soubermos identificar os sinais do AVC e ´formos logo para o hospital reduziríamos, e muito, os números e as consequências...
É que se tivermos bons hábitos, soubermos identificar os sinais do AVC e ´formos logo para o hospital reduziríamos, e muito, os números e as consequências...
A Madeira é a segunda região do país que apresenta a maior taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC), situação que é preocupante atendendo à dimensão do arquipélago.
Em Portugal esta doença é responsável pelo internamento de mais de 25 mil doentes por ano e por causar um elevado grau de incapacidade, uma vez que 50% dos doentes que sobrevivem a um AVC ficam com sequelas, por vezes graves limitações nas actividades da vida diária.
Este Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral foi estabelecido, em 2003, para sensibilizar a sociedade para a prevenção.
Em Portugal o AVC tem uma dimensão alarmante.
Em cada hora morrem 2 portugueses, uma das taxas mais elevadas na Europa.
Depois dos Açores, a Madeira é a Região do país que apresenta a mais elevada taxa de mortalidade por AVC.
O AVC sucede quando uma porção do cérebro deixa de ser alimentado normalmente, através do fornecimento de sangue, acontecendo, geralmente, de um modo repentino.
O primeiro tipo e o mais comum é o AVC isquémico, derivado à falta de irrigação sanguínea num determinado território cerebral, causando morte de tecido cerebral.
O AVC hemorrágico é o menos comum, mas não menos grave, e ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano, levando à formação de um coágulo que afecta determinada função cerebral.
O AVC poderá manifestar-se de diversas formas, dependendo da zona do cérebro afectada.
Porém, os três principais sintomas desta doença são:
-a perda de força de um dos lados do corpo (hemiplegia);
-o desvio da parte inferior de uma metade da face, denominada boca ao lado;
-e a dificuldade da vítima se expressar correctamente, nomeadamente querer dizer o nome de pessoas ou de coisas e não lhe sair a palavra.
Outros sinais que também precedem a um derrame poderão ser:
-uma dor de cabeça intensa e súbita sem causa aparente,
-alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigueiro na face, braço ou perna de um lado do corpo,
-perda súbita de visão em um olho ou nos dois,
-instabilidade,
-vertigem súbita e intensa e
-desequilíbrio associado a náuseas ou vómitos.
Uma vez reconhecido o AVC, através dos sinais atrás mencionados, o doente deverá, o mais breve possível, ser encaminhado para o hospital, para que dentro das primeiras três horas após o aparecimento do AVC seja possível administrar a medicação adequada, a qual demonstrou ser eficaz para diminuir a mortalidade e reduzir a incapacidade das vítimas.
Registe-se que, a Declaração de Helsinborg de 2006 estabeleceu metas a alcançar em 2015, a nível Europeu, no que respeita aos diversos aspectos da abordagem do AVC.
Trata-se de um excelente e completo documento contendo recomendações para a promoção da educação sobre o AVC, designadamente ao público em geral, doentes de AVC, familiares de doentes, profissionais de saúde e ainda decisores políticos, salientando que há evidência de que esta educação contribui para a prevenção do AVC, diminuição de incidência de AVC e redução da demora entre o início do AVC e a prestação de cuidados de fase aguda.
Factores de risco do AVC
Os cinco principais factores que contribuem para o aparecimento do AVC são:
hipertensão,
tabagismo,
sedentarismo,
obesidade,
stress.
Para além destes factores de risco, há ainda a considerar, a idade, o colesterol elevado, a diabetes e o abuso de bebidas alcoólicas.
Dado que a hipertensão arterialé o principal factor de risco do AVC, vai ser efectuado na Região um estudo sobre esta matéria.
O Dr. Almada Cardoso, presidente da Delegação da Madeira da Fundação Portuguesa de Cardiologia, chama a atenção que para prevenir o AVC é essencial ter um estilo de vida saudável, através do exercício físico regular e de uma alimentação equilibrada, pobre em sal, açucares e gorduras saturadas, bem como manter o peso adequado, consumir álcool apenas de forma ligeira e evitar o tabaco.
Almada Cardoso alerta, ainda, que a pessoa deverá procurar o seu médico de família para vigiar e controlar regularmente a diabetes, o colesterol, o ritmo cardíaco e como não poderia deixar de ser a tensão arterial. "As pessoas devem ter a sua tensão arterial o mais baixa possível. Se já tiverem tensão alta têm de tomar medicação, ira um médico ou a um centro de saúde para controlar a tensão".
Este ano será feito um estudo da prevalência da pressão arterial para avaliar o número de hipertensos na Madeira e sabermos se a nossa percetagem é como a do resto do país, ou seja, acima dos 40%.
E mais uma vez reforço a ideia de que temos de saber viver o melhor possível.
A propósito da hipertensão, leia este estudo que mostra que a felicidade influi na pressão arterial.
Boa semana.
Xana.
Sem comentários:
Enviar um comentário