O culto do oculto.

Astrólogos, curandeiros, filhos e filhas de Iemanjá, Xamâs.

A magia, branca, negra, vudu, as simpatias, feitiços, mandingas, camdoblés, encantamentos, orações e amuletos .

São chamadas ocultas as ciências nas quais intervêm efeitos maravilhosos e sobrenaturais, em contradição aparente com a ciência.

As ciências ocultas têm a sua origem na cabala.

Dizem que comunicam com os deuses, com os génios e com o diabo.Por mais que se remonte à génese da humanidade, e seja qual for a parte do mundo de que se estudem os usos e costumes, tanto entre os antigos como entre os modernos, encontram-se magos, adivinhos, bruxos e curandeiros.

Os livros sagrados dos gregos, romanos, persas e chineses, falam de acontecimentos proféticos, de sombras evocadas e de mil prodígios feitos por homens, que pretendiam estar em contato com deuses, demónios e génios, donos de conhecimentos e de poderes sobrenaturais.

Desde a origem dos povos, adivinhos e magos fizeram parte do governo e exerceram publicamente a sua arte, à qual, frequentemente, acrescentavam a práctica da medicina.
A vontade de conhecer o futuro seguiu-se sempre, e em todo o mundo.

Fazem-se horóscopos e consultam-se os astros.

Os Vedas hindus - livros religiosos da mais remota antiguidade, que transmitiram, primeiramente à Ásia e depois à Europa, dogmas tão sábios e superstições tão poderosas - contêm também escritos mágicos.

Heródoto atribui aos egípcios a invenção da astrologia judiciária, cujos princípios foram descobertos nas ciências ocultas da Caldéia. Várias raças do novo mundo, que formam uma nação temida e venerada por outras tribos - os caraíbas, por exemplo -, exercem, em pleno século 21, as artes adivinhatórias.

Delírio, êxtase, hipnotismo, alucinação.

Hipócrates acreditava na realidade dos sonho, e, a esse respeito, Aristóteles colocava-se numa dúvida prudente, do mesmo modo que alguns sábios modernos vacilam em reconhecer os fenómenos magnéticos.

Junto com os mistérios religiosos, a magia dos antigos tinha um caráter imponente, grave e nobre, que contrasta de um modo especial com as práticas grotescas e extravagantes da feitiçaria da Idade Média, em apogeu num tempo de miséria e de ignorância, quando o cristianismo evocava novamente os demónios e a torrente de bárbaros irrompia na Europa.

Psicólogos e psiquiatras, um pouco por todo o mundo, e nos países nos quais a religião popular tem forte apelo, são muito mal vistos.

A população, mesmo entre as camadas mais cultas, prefere recorrer a algum tipo de curandeiro ou xamã, para depois recorrer, em último caso, ao psicólogo ou ao psiquiatra.

No caso da psicologia, inverte-se a rota habitual do desespero que começa com os médicos e termina no xamã: primeiro o xamã, por último o psquiatra.Daí a grande mistura entre psicologia e religião popular,entre terapia de vidas passadas e psicologia,entre espiritismo e psicologia.

Talvez isto explique também o grande sucesso que a psicologia junguiana ainda tem em países como o Brasil.

Há uma grande resistência em transformar o tratamento da psíquico em algo estritamente cientifico.

Quando se abordam dentro da psicologia temas próximos da religião e de misticismo há mais interessados do que quando se fala de psicanálise ou terapia comportamental .

O misticismo tem o seu “quê”de encantamento.

De dúvida, de procura, de oculto.

Sobre uns o misticismo exerce um forte fascínio, quase necessidade, por opção ou por desespero.

Sobre outros só exerce repúdio e indredibilidade.

Finalmente, há os que dizem “yo no creo en brujas, pero que las hay, hay”...

E você, acredita em quê?
Participe!

P.S_
Segundo esta notícia do Correio da Manhã,em Portugal há autarcas que também acreditam em bruxos.

Xana.