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terça-feira, 17 de junho de 2008

BuziNão ao custo de vida.

Para uns, não há emprego; para outros, é o salário que é insuficiente. Entre estes, muitos vêem-se obrigados a encontrar um segundo trabalho que lhes permita complementar o salário recebido na actividade principal.
Alguns fá-lo-ão por gosto.
Certo, certo, é que são 6,5% da população empregada
Nunca houve tanta gente a ter um segundo trabalho
Muito se fala dos portugueses que não conseguem encontrar um emprego - o Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que sejam 427 mil.
Mas outros há que têm, não um, mas dois (ou mais) trabalhos.
Na maioria dos casos, não é por gosto, mas por necessidade, recorrendo a uma segunda actividade, exercida em tempo parcial, para compor o orçamento ao final do mês.

Este nível elevado de pessoas com um segundo emprego pode ser um sinal da crise e da dificuldade dos trabalhadores por conta de outrem se sustentarem com um só salário.
Daí que sintam necessidade de recorrer a part-times, muitas vezes por conta própria.
Segundo os dados do INE, em média, o emprego secundário leva-lhe cerca de 12 horas por semana, constituindo aquilo que popularmente se designa de biscate.
Por outro lado, este fenómeno demonstra também que há trabalho para fazer e que, se alguns não conseguem encontrar um emprego ajustado ao seu perfil e expectativas, outros têm dois e até mais para conseguir chegar ao fim do mês.

Mas onde é que estes trabalhadores vão encontrar o segundo (terceiro ou quarto) emprego?
Segundo o organismo oficial de estatísticas, quase metade (49,1%) tem a sua segunda actividade no sector agrícola, silvicultura e pesca.
Outra fatia muito relevante complementa o seu orçamento mensal com uns biscates no sector dos serviços (45,5%) e só 5,4% o faz na indústria e construção.
Outra informação relevante que os dados do Instituto Nacional de Estatística revelam diz respeito à desagregação por sexo.
64 % dos trabalhadores com actividade secundária, são homens.
O resto são mulheres.


Para hoje está marcado um BuziNão.


Portugueses protestam hoje contra aumento custo de vida
O convite ao buzinão está hoje a ser aceite por muitos dos automobilistas que atravessam a ponte 25 de Abril, aderindo ao protesto contra o aumento do dos combustíveis e do custo de vida.


No meio do tabuleiro da ponte do Pragal, em Almada, está colocado um pano onde se lê «contra o aumento dos combustíveis e o custo de vida, buzinar buzinar».

Além do preço dos combustíveis e do aumento do custo de vida, esta acção visa também apelar ao fim das portagens na ponte 25 de Abril.

Xana.

3 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde, li com atenção ao seu blog e acho que o tema que, na 1ª parte do seu texto aceito, agora quando fala no buxinão, minha senhora, por favor! Não posso querer que V. Exa fale de um buzinão contra o sestado, sendo você uma funcionária da estação de rádio pública!! Tenha dó e para a próxima não divague nos temas.

Xana Abreu disse...

Boa tarde, Sr. Miguel.
O texto que vê no blog são excertos de notícias amplamente divulgados em toda a comunicação social, inclusivamente na RTP.
A primeira, como ouviu na emissão da Antena 1, é notícia de 1ª página do DN.
Os dados são do Instituto Nacional de Estatística.
Consulte www.ine.pt

Deixo-lhe aqui, também, o link da página oficial da RTP com a notícia do "buzinão" e inclusivamente os vídeos do telejonal da estação pública.

http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=351025&visual=26&tema=1

Como poderá concluir, não são divagações, são factos.
Obrigada.
Xana Abreu

Anónimo disse...

Sr.Miguel:
A R.D.P. já não é do Estado .
Antes do 25 de Abril era. Depois do PREC,finalmemte deixou de ser...O seu comentário de considerar a locutora como "funcionária pública"e,como tal "impedida" de tocar em assuntos melindrosos para o poder,só recorda aquilo que o 25 de Abril pôs termo e,o que o 25 de Novembro (com o sinal contrário),definivamente,terminou.
Estamos na Europa,livre,democrática e,indepentente..
Por isso os irlandeses votaram não ao Tratado de Lisboa e a Europa não acaba...